Uma simples ida ao cinema pode ser algo novo e muito empolgante para jovens da periferia porque está bem caro fazer isso hoje em dia. Então, o projeto “Wakanda é nóis” realizou essa vontade deles, levando mais de 400 jovens da periferia ao cinema.
A ideia de levar os jovens da periferia ao cinema teve como objetivo envolver mais cultura na vida dos adolescentes de 14 a 16 anos, e surgiu no coletivo Casa das Pretas, coordenado pelas advogadas Cristina Tadielo, Luísa Helena, Tatiana Pauline e Záira Pereira.
A ida ao cinema teve direito a pipoca, copo personalizado e até mesmo profissionais vestidos de Batman, Homem-Aranha e, é claro, Pantera Negra para animar a galera e fazer o dia deles ser diferente, interessante e emocionante.
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Jovens da periferia ao cinema com tudo incluso
Para custear o projeto, o grupo de advogadas criou uma vaquinha online que arrecadou mais de R$10.600.
Inicialmente, a ideia era levar até 100 jovens ao cinema, mas a grande aderência à campanha fez com que a iniciativa se expandisse.
Em entrevista ao BHAZ, uma das advogadas responsáveis pelo projeto, Cristina Tadielo, falou sobre a expectativa ao levarem os jovens da periferia ao cinema e outras ações sociais.
“O projeto nasce das ações. A gente faz esse movimento negro, da Casa das Pretas, dessa necessidade inserir a população negra no social. Dar oportunidade, direitos. São jovens que vão se ver representados numa tela de cinema. Isso pode parecer bobagem pra uns, mas, é fundamental para a formação da personalidade, na crença de que podem fazer o que eles quiserem”, diz Cristina.
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Os jovens estudantes que assistiram ao filme da Marvel vivem em periferias diversas de Belo Horizonte, como Mantiqueira, Taquaril, Serra e São Lucas.
“São comunidades em que a gente já desenvolve alguns tipos de ações voltadas, principalmente, para a comunidade negra. Muitos deles nunca sequer entraram em uma sala de cinema”, explica a advogada.
O projeto ‘Wakanda é Nóis’ nasceu de um sonho
‘Wakanda é Nóis’: Pantera Negra 2 arranca aplausos e emociona jovens da periferia de BH
(Nicole Vasques/BHAZ) pic.twitter.com/Uz9I3OU3uu
— BHAZ (@portal_bhaz) November 14, 2022
Luísa Helena, co-fundadora da Casa das Pretas, explica que a iniciativa é uma forma de garantir que os estudantes se reconheçam em mais espaços.
“Eu precisava devolver pro meu povo toda a experiência maravilhosa que eu já tive com Pantera Negra. Esse projeto foi idealizado a partir de um sonho, mesmo, de ter esses jovens não só curtindo um filme, mas com pipoca, com cosplay do personagem do filme”, afirma.
Um dos desejos de Luísa era que os adolescentes desfrutassem da experiência completa. Isto é, o prazer de ir ao cinema no fim do ano, rodeados de amigos, com transporte pago e segurança.
Reportagem compartilhada de Nicole Vasques para o BHAZ