É muito engraçadinho ver um bebê nos imitando ao celular, tentando falar com a vovó, concorda? É natural que eles tentem nos copiar, pois observam o mundo ao redor, interagem com ele, aprendendo e se desenvolvendo, física, mental e afetivamente.
Mas e quando nossos bebês e crianças ficam boa parte do tempo ligados em uma telinha? Muito já se criticou com relação à televisão, mas o que muitos pais não percebem é que os tablets e smartphones não foram feitos para crianças!
Repare que quando um bebê utiliza um tablet ou smartphone, o único dedinho usado é o indicador. O polegar é utilizado poucas vezes, e os demais dedos nem se movimentam. Como fica o desenvolvimento motor?
Para aprender, eles precisam interagir com o mundo, não com uma tela. Precisam de cores, texturas, cheiros, estímulos e sensações diversas. Precisam entender como o mundo real funciona, não apenas o visual. Já imaginou uma criança tentando dar zoom em uma revista? Absurdo? Então veja:
(embora o vídeo esteja em inglês, é possível acompanhá-lo:
Qual é o mundo que estamos apresentando aos nossos filhos e netos? O real ou virtual? E quais são as consequências dessas escolhas?
Pensando nisso, nós pontuamos os 10 maiores problemas relacionados ao uso de tablets e smartphones por bebês e crianças.
10 problemas causados pelo uso precoce de smartphones e tablets
De caráter físico
1. Desenvolvimento do cérebro
Você sabia que o cérebro cresce o triplo do seu tamanho até os dois anos de idade? Além disso, ele se desenvolve até que se tenha 21 anos.
Para se desenvolver, ele precisa de estímulos e trocas com o meio, e sua falta pode resultar em sintomas parecidos com de TDAH ( Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), onde parte do cérebro funciona de forma diferente, gerando dificuldade de concentração, aprendizagem e autocontrole.
2. Obesidade
Estudo comprovou que o uso frequente desses aparelhos aumenta em 30% a chance de obesidade infantil, podendo levar a diabetes, problemas no coração e redução da expectativa de vida.
3. Problemas para dormir
A cada 10 crianças, aproximadamente 8 usam tecnologia no seu quarto. Dessa forma, fica difícil ter o controle total do que a criança está fazendo e até que horário. Essa geração está sofrendo com a perda da qualidade de sono por falta de controle e orientação no uso adequado de tablets, PCs e smartphones.
4. Radiação
Os smartphones já foram classificados como possivelmente cancerígenos, mas se está estudando a possibilidade de aumentar a nota de risco, por sugestão do Dr. Anthony Miller, da Universidade de Toronto, elevando ao patamar de provavelmente cancerígenos, ou seja, mais perigoso.
A radiação dos aparelhos celulares e smartphones já foi alvo de diversos estudos, que apontam para o risco da utilização.
5. Problemas de visão
Para crianças que já têm problemas de visão, recomenda-se o uso diário máximo de 30 a 60 minutos. A síndrome da visão do computador tem afetado não somente adultos, mas principalmente crianças, cuja estrutura ainda está em formação.
Após o uso recorrente e prolongado desses aparelhos, a tendência é que se sofra com tensão nos olhos, podendo gerar sérios problemas no trato ocular.
De caráter psicológico
6. Atraso no desenvolvimento
Extremamente passiva, apenas reagindo aos comandos de joguinhos coloridos e barulhentos, a criança deixa de criar, explorar o mundo real. Seus movimentos ficam restritos a alguns cliques e deslizes, atrasando tanto o desenvolvimento motor quanto psicológico.
Estudos mostram que a cada 3 crianças, uma já está demonstrando atraso no desenvolvimento, com dificuldades na escola.
7. Disfunções mentais
Têm-se estudado a relação entre o uso prolongado de tecnologia e o desenvolvimento de depressão, ansiedade, bipolaridade, psicose e TDAH em crianças.
No Canadá, entre 6 crianças, 1 apresentava transtorno mentais por uso excessivo de tecnologias.
8. Agressividade
A exposição constante a jogos ou desenhos com qualquer tipo de violência pode gerar crianças retraídas e agressivas.
9. Memória digital
A velocidade com que as informações chegam, bem como a superficialidade com que são tratadas fazem com que elas não percorram um longo caminho, de análise e deliberações no cérebro. Isso tem como consequência, uma diminuição efetiva da memória, concentração e aprendizagem.
10. Vício
Viu como o bebê do vídeo chorava quando o celular foi tirado dele? Se antigamente a televisão era considerada a babá eletrônica, hoje, cada vez mais cedo, os smartphones e tables estão assumindo esse papel.
Muitos pais estão ocupados, deixando as crianças aos cuidados da tecnologia. Como resultado, temos famílias que não sabem dialogar, brincar ou conviver, e crianças que compensam a carência da atenção em jogos e redes sociais, gerando assim o vício.
Vale a pena policiar o tempo que os pequenos dedicam aos eletrônicos para garantir uma vida mais estável e segura para eles. Vamos conversar sobre isso? Deixe sua opinião!
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