Hoje em dia o divórcio está tão comum, que muitas pessoas se casam já pensando em divorciar caso não gostem de alguma coisa durante o casamento. Claro, divórcio serve para isso mesmo. Mas, não de forma superficial, até porque é um processo lento, de percepção dos problemas, de reflexão sobre o passado, o presente e o futuro de todos os envolvidos.
Acontece que muitos casamentos já começam fadados ao divórcio porque durante o namoro já estava claro que a relação não era saudável o suficiente. O casamento deve ser uma consequência de um namoro excelente entre duas pessoas que são amigas, se respeitam e se sentem atraídas de várias formas.
Com base nesse raciocínio, fica mais fácil compreender quais são os principais motivos que levam tantos casais ao divórcio. Se você ainda não tiver se casado, reflita sobre isso antes de resolver se casar sem estar realmente preparada ou preparado.
1. A paixão acabou
O que faz duas pessoas começarem a namorar é a paixão. O amor vem surgindo aos poucos, conforme a paixão é alimentada. A paixão é aquele desejo de estar junto, sentir atração física e emocional, vontade de sorrir ao ver a pessoa amada e vontade de fazê-la sorrir ao olhar para você.
Nem todos os casais se separam quando essa paixão diminui, pois eles a alimentaram tão bem que virou um amor forte e profundo. Mas, muitas pessoas casadas passam a sentir falta daquela sensação de estarem loucamente apaixonadas, e isso é o suficiente para não conseguirem mais conviver com a mesma pessoa.
2. Interesses divergentes
Um casal pode ser extremamente feliz tendo gostos diferentes. Cada um faz suas atividades e seus trabalhos, depois ficam juntos fazendo coisas que têm em comum. Mas, muitos casais se casam sem conhecerem verdadeiramente os gostos do outro.
Só dentro do casamento vão descobrir que não têm nada em comum. Antes, viam filme juntos e saíam juntos só para estarem juntos, não porque gostavam da atividade em si. Então, como é que você vai conviver com o outro quando os interesses são muito divergentes no casamento?
3. Falta de comprometimento
Se casar é se comprometer em participar ativamente da vida do outro. Ambos devem contribuir para que a vida do casal evolua e continue a fazer sentido estar junto. O casal deve estipular o que vai ser de responsabilidade de cada um, mas é importante que ambos sintam que estão recebendo o comprometimento do outro em todas as esferas: dando suporte emocional, financeiro, familiar (cuidando dos filhos) e valorizando tudo o que construíram ou estão construindo juntos.
4. Violência
A violência pode ser física, psicológica ou moral. Pode ser silenciosa e sufocante. Pode estar bem camuflada entre gestos esporádicos de um amor confuso, disfarçada de proteção. Mas continua sendo violência, e ninguém consegue conviver com isso.
A violência geralmente ocorre por parte do homem, e muitas mulheres que foram criadas em um ambiente violento acabam se casando com homens que já eram violentos durante o namoro por não conhecerem uma forma diferente de serem tratadas.
Mas, durante o casamento, sendo a vítima principal e frequente, fica mais difícil suportar. Quando essas mulheres finalmente percebem que isso não é vida, sentem que a única solução é se divorciar.
5. Revelação de um comportamento tóxico
Quantos casais em fase de divórcio dizem um ao outro: você mudou! Na verdade, não mudou, apenas se revelou. Às vezes nem a pessoa sabia como ela realmente era. Mas, essa revelação pode acontecer por vários motivos.
Entre os motivos estão os problemas financeiros, ter que lidar com alguma doença do parceiro, conhecer novas (más) companhias que estimulam um comportamento tóxico, descobrir uma gravidez indesejada e não se responsabilizar.
Tem também quem mude de comportamento depois de ganhar muito dinheiro, de receber uma promoção no trabalho, porque se apaixonou por outra pessoa ou porque desenvolveu vícios.
A pessoa que “mudou” nem sempre percebe que não está mais conectada com seu parceiro e que a relação entre eles deixou de fazer sentido. Às vezes segue com a vida de forma individualista e às vezes sente culpa.
Cabe ao outro esclarecer o que está percebendo e sentindo para que, juntos, decidam pelo divórcio ou se, apesar das diferenças, realmente querem continuar casados e reatarem o que tinham no início.
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