A menopausa precoce é quando a mulher para de produzir óvulos antes da idade esperada. A menopausa em si costuma ocorrer por volta dos 60 anos, mas antes disso a mulher entra em um estágio de pré-menopausa, que pode acontecer a partir dos 41 anos de idade. Nessa fase, a mulher começa a apresentar os primeiros sintomas clássicos da menopausa, e eles vão aumentando com o passar do anos, até que a última menstruação aconteça.
Agora, quando uma mulher entra nessa fase de sintomas antes dos 40 anos de idade, quer dizer que ela está na menopausa precoce. Então, por causa da redução na produção de óvulos, seu ciclo menstrual também muda, bem como o seu comportamento, os seus sentimentos e sensações, tudo por causa das alterações hormonais. E, por causa disso, não será mais possível ter filhos.
Muitas vezes a mulher já sabe, por conta da sua mãe, que tem predisposição à menopausa precoce. Então, se pretende ter filhos no futuro, uma das opções é congelar alguns óvulos enquanto eles ainda são produzidos. Foi isso que fez a cantora Naiara Azevedo, de 30 anos, que soube sobre a sua predisposição.
Tem como prevenir a menopausa precoce?
Mesmo existindo diferentes causas para a menopausa precoce, não dá para dizer que é possível prevenir, pois a quantidade de óvulos que uma mulher vai produzir durante a vida é determinada desde quando ela está sendo gerada no útero da mãe.
Isso quer dizer que muitas mulheres já nascem com a predisposição da menopausa precoce, e não há o que fazer para reverter ou impedir que aconteça.
Em outras mulheres, a interrupção da produção de óvulos pode ser antecipada por causa de alguma cirurgia no sistema reprodutor, como cauterização por causa de endometriose ou cisto no ovário, por exemplo.
No entanto, não significa que toda mulher que passar por uma cirurgia que provoque o ressecamento dos ovários vai ter menopausa precoce.
Outros fatores de risco para tomar cuidado, pois podem antecipar a menopausa, são:
- Exposição prolongada à radiação;
- Tabagismo;
- Doenças autoimunes.
Diagnóstico antecipado
Embora não seja possível prevenir que a menopausa precoce aconteça, pois não existe como aumentar o tempo de produção de óvulos em uma mulher, é possível diagnosticar com antecedência e, se quiser, fazer a coleta de óvulos para uma futura gestação.
Se a mulher já sabe que tem uma predisposição, ela deve começar a fazer um acompanhamento anual com seu ginecologista logo aos 20 e poucos anos, mesmo se ainda não tiver intenção de ter filhos.
O exame feito para identificar a menopausa precoce chama-se antimulleriano, feito com uma amostra de sangue. Esse exame mostra a quantidade de óvulos que uma mulher tem nos ovários.
Esse exame é recomendado geralmente a partir dos 35 anos de idade, mas quem tem predisposição à menopausa precoce pode fazer antes, tanto para se preparar para essa fase da vida que chegará mais cedo quanto para congelar óvulos, caso queira.
Além desse exame, o ginecologista também consegue identificar uma possível menopausa precoce ao avaliar que a mulher tem ovário diminuído e pela sua quantidade de hormônio FSH, que é produzido pela hipófise e faz a mulher ovular. Quando ela tem pouco óvulo, a hipófise vai jogando mais FSH. Se ele estiver muito alto, próximo a 10, precisa fazer o exame de sangue.
Tem tratamento?
O tratamento para a menopausa precoce é o mesmo para a menopausa comum: visa reduzir a intensidade dos sintomas e promover maior qualidade de vida para a mulher. Esse tratamento vai depender de cada organismo, por isso, somente o ginecologista poderá recomendar. Entre as opções, estão:
- Reposição hormonal;
- Manter uma alimentação saudável;
- Não fumar;
- Praticar atividade física regularmente;
- Manter o peso ideal para o seu porte físico;
- Ter noites de sono com qualidade.