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Modelo negra é inocentada depois de quase 2 anos presa injustamente

Ela provou que estava em outra cidade no momento do crime, mas não adiantou

Crédito: Reprodução Instagram

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Quantas Brunas e Floyds ainda precisam existir para que o mundo se torne um lugar realmente justo? Nem mesmo aquela que deveria ser considerada imparcial — a justiça — consegue ficar livre das garras escondidas do racismo. Veja como está o caso da modelo negra, presa injustamente, por parecer com a ladra indicada pela vítima (só porque tinha cabelos cacheados).

Quase 2 anos esperando por justiça

Bárbara Querino passou pela maior provação da sua vida: foi acusada de assalto, apenas pela identificação da vítima. Sua justificativa foi absurda, dizendo que o cabelo era igual ao da ladra, puro racismo. Só tem um detalhe: a bailarina e modelo estava em outra cidade quando o crime aconteceu. Mas nem isso foi prova o bastante para afastá-la da penitenciária de Franco da Rocha.

Foi necessário o período de 1 ano e 8 meses para que Bárbara pudesse ser inocentada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Então, aos 22 anos, ela foi inocentada da pena de mais de 5 anos de prisão. Sua mãe entrou em depressão, emagreceu muito e a família ficou completamente abalada.

Seus amigos publicaram fotos e vídeos dela em outra cidade, mas só levaram em consideração a palavra da vítima, que reconheceu os cabelos (e somente isso). Além disso, obviamente não houve flagrante nem outra prova que pudesse incriminá-la, somente seus cachos.

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Depois disso tudo, Bárbara fez um desabafo emocionado: “a gente vive em um mundo no qual cabelo cacheado é o que mais tem, cabelo crespo é o que mais tem. Foi muita tristeza por conta de tudo que aconteceu, pelo jeito também que foi feito essa prisão, sabe?“.

Por mais humanidade, em todas as esferas da sociedade, e que crimes como esse ou de George Floyd deixem de ser considerados “erros” ou “acidentes”.

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