O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, é um ataque do organismo a ele mesmo. As células de defesa do corpo se desregulam e atacam as células saudáveis, levando a sintomas variados, dependendo do tipo de lúpus e do estilo de vida da pessoa.
É uma doença que ainda precisa de muito estudo para descobrir a verdadeira causa e a cura. Por isso, é importante conhecer um pouco mais sobre o lúpus, e ficar atento aos sintomas para ter um diagnóstico precoce.
1. É mais comum em mulheres
A cada 4 pacientes diagnosticados com lúpus, 3 são mulheres. Por isso, apesar de ainda não haver uma causa determinada para a doença, acredita-se que um dos fatores de risco seja a produção de estrogênio, que é mais alta nas mulheres durante a época mais fértil da vida, que é dos 15 aos 45 anos de idade.
2. Existem diferentes tipos
O lúpus pode ser separado por 4 diferentes tipos:
- Discoide: quando provoca lesões apenas na pele, com manchas avermelhadas, principalmente no rosto, nuca e couro cabeludo.
- Sistêmico: quando as inflamações afetam os órgãos internos, além da pele. O tipo discoide pode evoluir para o sistêmico.
- Neonatal: tipo que afeta os bebês recém-nascidos das mães que têm lúpus. O bebê pode apresentar alguns sintomas logo ao nascer, como lesões na pele, problemas de fígado e baixa contagem de plaquetas, que podem desaparecer com o passar do tempo.
- Induzido por drogas: os sintomas semelhantes aos do lúpus sistêmico podem surgir ao fazer uso de determinados tipos de medicamentos, e é aí que algumas pessoas descobrem a doença. Ao interromper o uso do medicamento, os sintomas geralmente desaparecem.
3. Não tem cura
Como ainda não se sabe uma causa exata para o lúpus, essa doença ainda não tem cura. É crônica e necessita de cuidados constantes para prevenir o surgimento de sintomas que podem evoluir para problemas graves nos órgãos. Portanto, quanto antes for diagnosticado, melhor para a qualidade e expectativa de vida do paciente.
4. Não é contagioso
Existem muitas dúvidas sobre o que causa o lúpus nas pessoas. Mas, o que se tem certeza é de que essa doença não é contagiosa, exceto pelo fato de poderem surgir sintomas nos bebês recém-nascidos de mães com lúpus, que é uma forma de contágio. No entanto, não precisa ter medo de conviver ou estar perto de uma pessoa com lúpus, pois não há risco de pegar.
5. Os sintomas variam de pessoa para pessoa
Como existem diferentes tipos de lúpus, os sintomas também variam em cada caso, assim como sua intensidade. Mas, de modo geral, os principais sintomas são:
- Dores nas articulações;
- Fadiga;
- Lesões na pele e na boca;
- Síndrome de Raynald (quando pequenas artérias se contraem e fazem os dedos das mãos e pés ficarem pálidos ou azulados);
- Doenças no sistema nervoso central;
- Distúrbios gastrointestinais;
- Manchas avermelhadas no rosto;
- Sensibilidade ao sol;
- Disfunção renal;
- Alterações hormonais;
- Inflamações nas membranas de alguns órgãos, como pulmões e coração;
- Imunidade baixa;
6. O tratamento é individual
Cada paciente diagnosticado com lúpus vai receber um tratamento individual. Não tem um único “remédio para lúpus”. É preciso que o paciente seja avaliado por médicos para saber quais são os gatilhos da doença no seu corpo, quais os sintomas que costuma apresentar, pois isso varia de pessoa para pessoa.
Depois de ter essas informações os médicos começam com os tratamentos, que podem variar entre medicamentos anti-inflamatórios, corticoides, uso de protetor solar e evitar os gatilhos, como estresse, alguns hábitos alimentares e afins. Tudo vai depender dos sintomas e intensidade das crises.