O pré-natal é o acompanhamento médico que a gestante faz durante toda a gravidez. Esse acompanhamento tem um papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de doenças, tanto na mãe quanto no bebê.
Fazer todas as consultas do pré-natal permite um desenvolvimento saudável do bebê e reduz os riscos da gestante. O médico que acompanha pode ser seu ginecologista de sempre, que também é obstetra.
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Quando começar o pré-natal?
Assim que a mulher confirmar que está grávida já pode agendar sua primeira consulta de pré-natal.
Mesmo que nem tenha barriga ainda, é importante conversar com o médico, tirar as primeiras dúvidas e fazer os primeiros exames.
Quanto antes a mãe e o bebê estiverem sendo acompanhados pelo obstetra, melhor para o caso de ser necessário algum cuidado especial.
As consultas devem ocorrer 1 vez por mês até as 28 semanas de gestação, de 15 em 15 dias da 28ª até a 36ª semana e semanalmente a partir da 37ª semana.
Como são as consultas?
As mulheres que não quiserem ou não puderem fazer o pré-natal com médico particular ou de plano de saúde, podem fazer pelo SUS, no Centro de Saúde mais próximo de casa.
Em cada consulta, uma enfermeira irá examinar e conferir informações importantes na gestante para identificar se ela está saudável:
- O peso;
- A pressão sanguínea;
- Sinais de inchaço das pernas e dos pés;
- A altura uterina, medindo a barriga verticalmente;
- Os batimentos cardíacos fetais.
Na primeira consulta é verificado o boletim de vacina da mulher para dar as vacinas em falta. E, nas consultas finais, a enfermeira irá observar as mamas da gestante e ensiná-la a se preparar para a amamentação.
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Em cada consulta, o médico irá esclarecer todas as dúvidas que a gestante tiver sobre a gravidez, a saúde do bebê e sobre o parto.
Na consulta, a mãe também saberá de quanto tempo está, se a gravidez é de risco ou não, e a data prevista para o parto, de acordo com a altura uterina e a data da última menstruação.
No atendimento pelo SUS, deverão ser fornecidos à gestante:
- O cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;
- O calendário de vacinas e suas orientações;
- A solicitação de exames de rotina;
- As orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares;
- O agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.
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Exames realizados ao longo do acompanhamento
A gestante não precisa fazer exames em todas as consultas do pré-natal, a menos que seja uma gravidez de risco. Mas, ao longo do pré-natal, são necessários alguns exames básicos e outros mais específicos, conforme necessidade:
- Ultrassonografia;
- Hemograma completo;
- Proteinuria;
- Dosagem de hemoglobina e hematócrito;
- Teste de coombs;
- Exame de fezes;
- Bacterioscopia do conteúdo vaginal;
- Glicemia de jejum;
- Exame para saber o tipo sanguíneo, sistema ABO e o fator Rh;
- HIV: vírus da imunodeficiência humana;
- Sorologia para rubéola;
- Sorologia para toxoplasmose;
- VDRL para sífilis;
- Sorologia para hepatite B e C;
- Sorologia para citomegalovírus;
- Urina, para saber se está com infecção urinária.
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Vantagens do pré-natal
De acordo com o Ministério da Saúde, fazer as consultas periódicas da gravidez permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa.
Alguns exemplos são a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias e sífilis. Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida.
No pré-natal também é possível detectar problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento ainda durante a gravidez, proporcionando ao recém-nascido uma vida normal.
O acompanhamento médico avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado, se necessário. Problemas na placenta podem colocar a gravidez em risco.
Também é importante manter as consultas para o caso de a mulher ter pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma.
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Artigo com informações de Tua Saúde e Ministério da Saúde