A pré-eclampsia é uma disfunção sem causa específica, que ocasiona elevação da pressão arterial e do nível de proteína na urina, e compromete até 5% das gestações no mundo, sendo responsável por, pelo menos, 15% dos partos prematuros. Não há um consenso sobre o que pode levar uma gravidez a evoluir para o quadro de pré-eclampsia, mas um pré-natal rigoroso é a melhor maneira de garantir a saúde da mãe e do bebê.
Embora não exista um fator único que pode fazer com que uma gravidez evolua para a pré-eclampsia, há fatores de risco que precisam ser observados.
Estão mais propensas a apresentar pré-eclampsia, gestantes que:
- Apresentam sobrepeso ou são obesas
- Já passaram dos 35 anos
- Tiveram pré-eclampsia em gestações anteriores
- Esperam bebês muito grandes
- Têm histórico da doença na família
- Esperam mais de um bebê – gravidez gemelar
- Têm hipertensão crônica
- São diabéticas
- Apesentam doença renal
- São portadoras de doenças autoimunes
A partir da identificação dos fatores de risco, o médico vai analisar a gravidade e definir o protocolo para acompanhar a gestante. Os cuidados incluem a observação dos sintomas que apontam para a pré-eclampsia. Os principais são:
- Hipertensão
- Pés, mãos e rosto inchados
- Dores abdominais
- Dores de cabeça
- Visão turva
- Nível baixo de plaquetas no sangue
- Ganho de peso
- Trombofilia
Caso não sejam controlados os sintomas, a mãe e bebê correm grave risco. A gestante pode entrar em colapso por edema cerebral e a pressão elevada bloquear o fluxo de sangue para o bebê. A pré-eclampsia também causa o descolamento da placenta, induzindo ao parto prematuro.
É possível evitar o problema pela observação dos fatores de risco e, ainda, pela realização de um exame específico já disponível no Brasil. O exame avalia os chamados PIGF (Fator de Crescimento Placentário) e o sFlt-1 (Solubre FMS like tirosina quinase-1).
O objetivo é analisar o volume de proteína na urina da paciente. Pela quantidade de proteína na urina, é possível avaliar se a gestante foi atingida pela doença e, em caso positivo, em qual estágio se encontra. É a partir desse teste que é definida a conduta de cuidados pré-natal.
Nem todos os laboratórios oferecem o exame e, por isso, é importante discutir com o médico responsável pelo pré-natal sobre a possibilidade de encaminhamento para um local onde o teste esteja a disposição. A vigilância é necessária porque a pré-eclâmpsia pode se manifestar já na 20ª semana de gestação.
O monitoramento também é importante porque as mulheres com pré-eclâmpsia têm mais chances de apresentar complicações cardíacas e renais.
Se a mulher apresentar o quadro de pré-eclampsia, será tratada conforme a gravidade. Há casos em que pode ficar sob vigilância ou ter que partir para o parto prematuro.
Quer saber mais? Confira o vídeo abaixo:
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Fonte: http://gravidez.online/pre-eclampsia-sintomas-tratar/