Quando se fala em prazer sexual feminino, existe uma frenética busca por encontrar o famoso ponto G.
Este ponto é o alvo a ser atingido para levar a mulher a um orgasmo. Mas, será que é um único alvo mesmo? Será um ponto bem específico ou há outros?
Cientistas norte-americanos acreditam que o chamado “ponto G” é um engano e um nome inadequado, pois a zona erógena da vagina não é um ponto único. Para eles, o mecanismo do prazer intenso envolve cinco tecidos.
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Os cinco tecidos do ponto G
O que muitos de nós pensávamos até agora era que o ponto G está localizado a alguns centímetros dentro da vagina, nas paredes superiores do órgão.
No entanto, os pesquisadores listaram um conjunto de áreas na parte interna da vagina que atuam no prazer e no orgasmo, que são:
- Os crus, constituídos de dois corpos cavernosos, que se unem e formam o corpo do clitóris:
- Os bulbos de vestíbulo (dois bulbos de tecido erétil, que descem ao longo da vagina);
- As glândulas periuretrais;
- A uretra;
- E a própria parede anterior da vagina.
Sendo assim, para os pesquisadores, o nome do ponto G deveria ser alterado para zona G, incluindo todas as áreas que a constituem.
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A motivação do estudo
O nome do “ponto G” é uma homenagem ao ginecologista alemão Ernst Gräfenberg, que descreveu a área de produção de orgasmos na década de 1950.
Ele foi o primeiro a retratar cientificamente uma “zona erótica” localizada “na parede anterior da vagina ao longo da uretra”.
A homenagem ocorreu somente 30 anos depois, na década de 1980, a partir do trabalho do médico Frank Addiego e de seus colegas sobre ejaculação feminina.
Agora, o estudo em questão explica por que sugere a mudança do nome “ponto G” para “zona G”, defendendo que o Dr. Ernst Gräfenberg não se referiu a um único ponto, quando falou sobre isso pela primeira vez.
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A equipe do atual estudo, comandada por Irwin Goldstein, chegou a essa conclusão após reavaliar a descrição original da área descrita pela primeira vez por Gräfenberg.
Segundo eles, o ginecologista alemão originalmente atribuiu três funções à “zona erótica”: “sensações prazerosas”, “inchaço” e “ejaculação fluida”, não sendo um único “ponto” responsável por todas elas.
A nova análise foi defendida em editorial na revista científica Sexual Medicine Reviews, da qual Goldstein é editor-chefe. Nela, seus autores pedem ainda que especialistas em saúde sexual considerem essa mudança de nome para pesquisas futuras.
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Fonte: O Globo Saúde