Tudo começou com uma percepção simples: as meninas notaram que quando dormiam com o celular próximo ao seu corpo tinham dificuldades de concentração no dia seguinte. Com isso, elas decidiram investigar os efeitos da radiação emitida pelo roteador de Wi-fi em seres humanos no entanto a escola onde estudavam não oferecia equipamentos suficientes para fazer um experimento como esse com segurança. Portanto, as meninas foram orientadas pelo professor a fazer um teste com outros seres vivos: as plantas.
Então, as meninas mediram a radiação média recebida por um celular comum e realizaram o seguinte experimento. Em uma sala fechada, colocaram uma bandeja com sementes de agrião que foram regadas devidamente e que estavam próximas a dois roteadores de Wi-fi. Em outra sala encontrava-se uma outra bandeja de sementes de agrião, com as mesmas condições de cuidado e isolamento, só que sem a influência da radiação.
Durante 12 dias as meninas acompanharam os resultados e fotografaram as bandejas. O resultado do experimento foi surpreendente. As sementes de agrião que não foram expostas à radiação germinaram, cresceram e estavam saudáveis, em um verde-escuro vivo. Já as sementes expostas à radiação dos roteadores de Wi-fi não germinaram, ressecaram e morreram.
Prêmios e avanço para a ciência
As estudantes dinamarquesas ganharam uma competição regional de ciência com tal experimento e despertaram o interesse de cientistas do mundo todo. Um professor da neurociência no Instituto Karolinska, na Suécia, demonstrou interesse em repetir a experiência em ambientes profissionais científicos controlados para atestar os efeitos da radiação e depois passar para testes em outros seres vivos.