pior bactéria do mundo
Crédito: People.com

Pior bactéria do mundo foi contraída no Egito e quase mata homem

Foi necessária uma pesquisa a nível mundial para conseguir combater esse perigo

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Imagine que você está em um passeio pelo Egito com seu amor e encontra a pior bactéria do mundo. Roteiro de filme, essa agonia e desespero foi vivida na vida real e, por pouco, não acaba em morte. Foi graças à persistência da esposa que ele está vivo hoje. Entenda o que aconteceu.

Veja também: o que é sepse, seus sintomas e como evitar

Homem contrai a pior bactéria do mundo

Tom Patterson e sua brilhante esposa e epidemiologista Steffanie Strathdee decidiram fazer uma viagem pelo Egito, aproveitando um tempo de qualidade juntos. Porém, depois de um passeio de barco pelo Nilo, ele começou a passar muito mal. Achando que era uma infecção alimentar, foram ao hospital, mas os resultados deram negativo.

O quadro de Tom piorava rapidamente, desenvolvendo um abcesso no estômago, quase tão grande quanto uma bola de futebol! Ao chegar nesse estágio, sem melhora e sem um diagnóstico, decidiram levá-lo para a Alemanha. Lá, ele entrou em coma e a perspectiva de sobrevivência diminuía.

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Colocaram aparelhos para que suas funções vitais fossem controladas e começaram a drenar o cisto. Infelizmente, o dreno se moveu e a infecção alcançou a corrente sanguínea, agravando muito o caso. Nesse momento, com Tom em coma, Steffanie segurou sua mão e perguntou se ele queria lutar contra a doença. Alguns minutos depois, ela sentiu que ele apertou sua mão. Foi o início de uma longa jornada.

Cooperação internacional

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Crédito: Freepik

O casal se conheceu e ainda trabalha como cientistas na Universidade da Califórnia. Por ser epidemiologista, ela já teve contato e estudou diversos tipos de bactérias e vírus. E foi exatamente buscando uma solução para o caso de Tom, que ela encontrou um artigo que falava da bactéria que ele contraiu.

Na época em que ela estudava, chegou a manipular em laboratório a simples e quase inofensiva Acinetobacter baumannii. Porém, com o passar das décadas, ela se adaptou e se tornou terrivelmente resistente, sem que houvesse nenhum antibiótico para tratar. Mas ela não desistiu, encontrando a luz em um artigo científico.

A Acinetobacter baumannii pode ser combatida por um tipo específico de vírus, porém tem que encontrar o tipo certo, para a variação adequada. O banco de dados desse vírus contabiliza trilhões de tipos diferentes. Seria como encontrar uma agulha no palheiro. Ainda assim, ela pediu autorização para começar os testes em caráter experimental.

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Transferência

De Frankfurt, ele foi transferido para San Diego, recebendo o tratamento no local. Ele já estava em coma, sobrevivendo por meio de aparelhos. Sempre tinha algum familiar com ele, o que ficou registrado em sua memória. Lá, ele foi atendido por uma equipe médica especialista na superbactéria, mas não apresentou melhoras.

Foi então através da união de cientistas que trabalhavam com o vírus, chamados nessa função de fagos, que a solução apareceu. Depois de muitos testes e um laboratório cedido especialmente para eles, apareceu a primeira combinação de fagos compatível.

Eles injetaram direto na infecção, apresentando melhoras, que estabilizaram o estado de saúde de Tom. Deram outra dose depois, fazendo com que voltasse do coma. Sua vida foi salva, mas ele ainda tem que reaprender a mastigar, engolir, andar e outras coisas. Porém, nada tão absurdo para que ele não se sinta grato a Deus e à ciência todos os dias.

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