Isso acontece pois todas elas incluem nos seus compostos a drospirenona (uma progestina), substância que não se verifica nas restantes pílulas. Embora a drospirenona trabalhe no nosso organismo de forma a evitar a gravidez, ela poderá provocar tromboses, ou seja, poderá criar coágulos no sangue que irão interromper a circulação de sangue no seu organismo. Desse problema, advêm problemas complicados para a sua saúde, como por exemplo o AVC. Um AVC ocorre quando o fornecimento de sangue para uma parte do corpo é bloqueada por uma obstrução (AVC isquémico) ou uma hemorragia (AVC hemorrágico).
Os sintomas mais comuns provocados pelo AVC são a perda de visão ou a visão turva, a paralisia num lado do corpo, os problemas de comunicação e o enfraquecimento de um lado do corpo. Outras causas para o sofrimento de um AVC poderão estar relacionadas com o seu estilo de vida, como a prática de determinadas atividades físicas, certas dietas, a ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo.
Segundo a FDA (Food and Drug Admnistration), órgão dos Estados Unidos, confirmou-se que as mulheres que consumiram pílulas contendo drospirenona, terão uma maior probabilidade de sofrer de uma trombose ou AVC.
Diferentes estudos científicos revelam que o perigo, ao tomar as pílulas das marcas indicadas anteriormente, é 1,5 a 2 vezes maior do que as restantes, que contêm progestina levonorgestrel. A FDA concluiu que, entre 2001 e 2007, 800 mil mulheres tomaram essas pílulas.
Nas marcas como a Yaz e a Yasmin, a incidência de problemas é de 10 em cada 10 mil mulheres, enquanto que nas outras pílulas anticoncepcionais, é de 6 em cada 10 mil mulheres.
Ao longo de 15 anos, a Universidade de Copenhague fez um estudo, investigou o risco de trombose e ataque do miocárdio e constatou igualmente, num resultado publicado na revista New England Jornal of Medicine, que pílulas como a Yaz e a Yasmin estão relacionadas com o tromboembolismo venoso e a embolia pulmonar.
Nos Estados Unidos, a FDA colocou um aviso na bula dos medicamentos em questão e não os retirou do mercado. Já no Brasil, o medicamento é vendido, mas a Anvisa exige que os médicos, caso assistam um paciente sofrendo de uma trombose causada por essas pílulas, registem no sistema interno e na ficha do paciente para futura identificação.