Charlotte Foster, uma britânica de 23 anos, faleceu em janeiro deste ano vítima de um coágulo que se formou nas pernas e se deslocou até aos pulmões, impedindo que o sangue circula-se e leva-se oxigénio a todo o corpo.
Os médicos não detetaram o problema e não viram motivo aparente para a formação do coágulo que provocou a morte da jovem.
Foi aberto um inquérito para perceber as causas do falecimento de Charlotte e a conclusão foi surpreendente: o coágulo pode ter sido formado pela pílula anticoncecional que a jovem começou a tomar meses antes do sucedido.
Esta mesma informação foi avançada pelo jornal britânico The Telegraph, que salientou o fato de o coágulo ter ocorrido nas pernas e se ter deslocado, entupindo os vasos sanguíneos dos pulmões. O oxigénio deixou de circular no organismo, causando sequelas cerebrais irreversíveis.
A jovem recorreu às urgências três semanas antes da sua morte e queixou-se de dores nas pernas, palpitações, dores nas costas e dificuldade em respirar, sintomas comuns de uma trombose.
Charlotte tinha começado a tomar uma pílula anticoncecional conhecida no Brasil como Diane-35 e a investigação concluiu que esta foi a causa da trombose que provocou o coágulo e levou à morte da jovem.
Apesar de existirem diversos métodos anticoncecionais, a pílula continua a ser o mais utilizado.
José Bento, ginecologista e obstetra no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, explica que “todas as pílulas, podem aumentar o risco de trombose, especialmente quando a mulher é obesa, tem histórico familiar ou é fumante”.
Por isso, se começou a tomar uma pílula anticoncecional recentemente e sente algum destes sintomas, consulte o seu médico e peça para fazer exames.
Não estamos dizendo para deixar de tomar a pílula, mas sim para estar atenta e não iniciar um método anticoncecional novo sem aconselhamento médico.