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Pessoas voltam a enxergar com córnea feita de colágeno suíno

Para criar uma alternativa ao tecido humano, os pesquisadores usaram moléculas de colágeno derivadas da pele de porco.

Imagem ilustrativa: Freepik

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Pesquisadores desenvolveram uma córnea feita de colágeno suíno que pode devolver a visão para pessoas que dependem do transplante de córnea humana, mais difícil de conseguir.

Mais especificamente, trata-se de um implante feito de proteínas e colágenos suínos, capaz de substituir a córnea humana.

Essa novidade maravilhosa já restaurou a visão de 20 pessoas que eram cegas ou tinham deficiência visual quase completa devido a doenças nas córneas. Depois de dois anos, todos recuperaram a visão. Três dos participantes indianos que eram cegos antes do estudo tiveram visão perfeita após a operação.

Veja também: Transplante de córnea: saiba como é feito, a recuperação e o risco

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A dificuldade de conseguir transplante de córnea humana

Cerca de 13 milhões de pessoas no mundo são cegas devido a deficiências nas córneas. Hoje, a única maneira de recuperar a visão é receber o tecido transplantado de um doador humano.

Mas, só 1 em cada 70 pacientes que entram na fila conseguem um transplante, e por ser um procedimento caro, poucos chegam à etapa da cirurgia, já que a maioria das pessoas que precisa vive em situação de baixa renda.

Córnea feita de colágeno suíno pode revolucionar os transplantes

A córnea é feita primariamente da proteína do colágeno. Para criar uma alternativa ao tecido humano, os pesquisadores usaram moléculas de colágeno derivadas da pele de porco que foram altamente purificadas e produzidas em condições estritas para uso humano.

No processo de construção do implante, os pesquisadores estabilizaram as moléculas de colágeno soltas formando um material robusto e transparente forte o suficiente para resistir ao manuseio e implantação no olho.

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“Os resultados mostram que é possível desenvolver um biomaterial que atenda a todos os critérios para ser usado como implante humano, que pode ser produzido em massa e armazenado por até 2 anos e, assim, atingir ainda mais pessoas com problemas de visão”, explicou Neil Lagali, professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Clínicas da LiU, um dos pesquisadores por trás do estudo.

“Fizemos esforços significativos para garantir que nossa invenção seja amplamente disponível e acessível, não apenas para os ricos”, garantiu Mehrdad Rafat, o pesquisador e empresário por trás do projeto e desenvolvimento dos implantes.

Córnea feita de colágeno suíno para tratar ceratocone

Já falamos aqui, em outra matéria, sobre o ceratocone, um distúrbio que ocorre na córnea, causando seu afinamento e alongamento para fora, resultando no seu abaulamento em forma de cone, por isso o nome da doença.

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Os pesquisadores também desenvolveram um novo método minimamente invasivo para tratar a doença do ceratocone.

“Esse método poderia ser usado em mais hospitais, ajudando assim mais pessoas. Com nosso método, o cirurgião não precisa remover o tecido do próprio paciente. Em vez disso, é feita uma pequena incisão, através da qual o implante é inserido na córnea existente”, explica Neil Lagali, que liderou o grupo de pesquisa que desenvolveu o método cirúrgico, que dispensa o uso de pontos.

Fonte: GNN

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