O Brasil tem um dos melhores sistemas de vacinação do mundo, comparado ao de países desenvolvidos. Mas a luta contra doenças ganhou um novo e perigoso inimigo: famílias inteiras vêm se recusando a participar de campanha de imunização. Esse movimento, que se dissemina com ajuda das redes sociais, é considerado uma das causas do surto de sarampo no continente europeu, com mais de sete mil já infectados pelo vírus. No Brasil, já há também grupos incentivando pessoas a não vacinarem seu filhos por causa de supostos efeitos colaterais nocivos, uma informação sem nenhuma base científica.
Redução preocupa Ministério da Saúde
Este ano, o número de pessoas que se vacinaram contra sarampo, caxumba e rubéola apresentou uma queda DE 23,3% em relação ao ano passado. João Paulo Toledo, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério das Saúde, em declaração dada ao Estadão, afirma que as vacinas oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) são seguras. Ele alerta, ainda, para o fato de que movimentos como esses fazem com que tais doenças possam voltar a representar um perigo para a população.
Pais que optam por não vacinar os filhos
Com uma crescente propagação de informações baseadas puramente em relatos pessoais e sites estrangeiros (a maioria em inglês), com informações inconclusivas sobre a relação de algumas vacinas com o autismo, muitos pais optam por manter os filhos longe da imunização oferecida pelo governo. Preferem trocar as vacinas por uma imunização natural, à base de óleos e homeopatia. O maior problema dessa decisão, além do apoio em relatos que não possuem comprovação científica, é que, nesses mesmos grupos de troca de informações, a orientação dada é que o pediatra responsável pelo cuidado da criança não seja informado sobre a falta da vacina, garantindo a prática das vias alternativas de imunização e impedindo que haja qualquer julgamento por essa decisão.
Perigos
Optar por não vacinar, seja a si próprio ou os filhos, não tem consequências apenas na saúde do indivíduo, que fica mais vulnerável a doenças. Isso pode acabar se transformando em um problema de saúde pública, pois cada indivíduo não imunizado representa um risco para todos ao redor.
Por isso, é muito importante conversar com o médico sobre as vacinas que devem ser tomadas, e respeitar as determinações do mesmo.
Confira aqui todas as vacinas que são oferecidas gratuitamente pelo SUS, e não esqueça de acompanhar o calendário de vacinas na sua cidade!
Fonte: Portal Brasil, UOL