Tawheeda Jan é uma moradora do estado de Jammu e Caxemira, na Índia, e nunca conseguiu usar um sapato, por causa da sua doença. Ela sofreu bullying na escola e teve que parar os estudos, pois não conseguia mais caminhar até lá.
Conheça a história de Jan
Jan afirma que nasceu com essa doença, chamada filariose linfática, popularmente conhecida como elefantíase. Ela é transmitida por mosquitos Culex e Anopheles, as famosas muriçocas, tão comum aqui no Brasil.
Por causa da sua condição, ela nunca teve uma vida normal. Não existem sapatos que caibam nos seus pés. Ela conta que já até comprou um, pois achava muito bonito, mas acabou doando por não ter serventia para ela.
A indiana sente muita dor todos os dias e já passou por diversos especialistas para tentar resolver o problema. Teve seus dedos amputados, para aliviar o incômodo, mas, quando chega o inverno, seus pés chegam a rachar, o que agrava o caso.
Ela hoje está com 21 anos e tem dificuldade até para fazer as tarefas domésticas. Quando criança, ela ia para a escola e sofria todo tipo de assédio, por parecer diferente. Era chamada de diversos nomes, inclusive elefante.
Hoje, ela continua sofrendo com o processo da doença, que, de acordo com suas palavras, “está piorando dia a dia e dói muito. Não posso trabalhar e não posso brincar com meus amigos do lado de fora. Eu não posso nem sair da minha casa”.
Ela ainda não perdeu as esperanças de conseguir um futuro melhor. Jan diz ter “certeza de que encontrarei alguém que possa tratar essa condição. Vou esperar o dia em que possa correr sem dor”.
Crédito das imagens: Daily Mail
Elefantíase: o que é?
A doença com a qual Jan sofre está em fase de eliminação no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a área endêmica está restrita a quatro municípios pernanbucanos: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.
Ela é uma doença parasitária crônica e considerada uma das maiores causas de incapacidades permantes e de longo prazo no mundo. É a picada do mosquito contaminado que transmite-a. Os sintomas mais importantes são inchaço anormal de membros, seios e bolsa escrotal.
O diagnóstico deve ser feito com cuidado, para descartar a possibilidade de outras doenças, por meio de exames para detectar a presença do parasita no sangue. O tratamento é feito a partir de medicamentos alopáticos.
Para evitar a doença é importante que a população participe eliminando quaisquer focos do mosquito em terrenos baldios, por exemplo. O uso de repelente e mosquiteiro em áreas de risco é também fundamental.