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Perda de memória por Covid afetou 50% de infectados, diz pesquisa

O estudo foi feito para analisar os efeitos da doença na saúde psiquiátrica dos pacientes

Crédito: Freepik

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Já falamos aqui sobre a perda de memória como sequela da Covid, que realmente pode acontecer. O motivo é que o coronavírus pode chegar ao cérebro e afetar o hipocampo, região do lobo temporal responsável por uma série de tarefas, inclusive, pelas memórias de curto prazo.

Aliás, não é apenas a memória de curto prazo que a Covid afeta. As pessoas têm relatado diversos prejuízos na saúde psicológica após serem infectadas ou mesmo depois de serem consideradas curadas.

Covid longa: saiba o que é e quais os sintomas

Para confirmar essas informações, podemos usar um estudo recente, realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

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Pesquisa da USP sobre perda de memória por Covid

Na intenção de analisar os efeitos da doença na saúde mental dos pacientes, os médicos acompanharam 425 pessoas que se internaram por Covid-19 no Hospital Universitário da USP, entre o fim de 2020 e o início de 2021.

Essa foi, até agora, a maior avaliação realizada em todo o mundo com o objetivo de identificar os efeitos psiquiátricos do vírus sars-cov-2. E não apenas isso.

Conforme explica Rodolfo Furlan Damiano, médico psiquiatra e coordenador da pesquisa, outros estudos avaliaram apenas a prevalência de sintomas psiquiátricos nos pacientes, enquanto o estudo da USP buscou diagnósticos definitivos.

Resultados

O estudo apontou que 51% dos pacientes apresentaram alguma perda de memória após a infecção, e levaram o dobro do tempo médio para completar testes cognitivos.

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Outros 13% desenvolveram transtorno de estresse pós-traumático, enquanto 15,5% apresentaram transtorno de ansiedade generalizada, sendo que, em mais da metade dos casos, o problema surgiu pós-Covid.

O estudo também apontou que 8,14% dos participantes foram diagnosticados com depressão, sendo que em 2,5% deles o transtorno apareceu após a internação por Covid-19.

Com base nesses resultados, Rodolfo Damiano explicou que a doença não pode ser encarada apenas como uma espécie de gripe, porque ela também atinge outros sistemas do organismo além do respiratório.

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Veja também: Sequelas da covid-19: ser considerado curado não é um alívio

Artigo com informações de VEJA

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