É habito da cultura brasileira dar opinião em como os pais de primeira viagem devem criar os filhos. É claro que quem o faz, não é por mal, já que na maioria das vezes a sugestão vem de mulheres mais experientes com a maternidade.
Mas acontece que muito do que se acreditava ser bom para o bebê antigamente, são tabus que estão sendo quebrados hoje em dia, graças às constantes pesquisas realizadas com famílias voluntárias em todo o mundo.
Afinal, qual a consequência?
Uma destas pesquisas foi desenvolvida pela Universidade de Notre Dame, de Indiana, nos Estados Unidos, com o objetivo de entender qual a relação entre o comportamento de pessoas adultas com o tratamento que receberam de seus pais na primeira infância.
Para obter estas informações, a equipe de cientistas selecionou 600 pessoas adultas com boa saúde mental e questionou cada uma sobre a intensidade das demonstrações de afeto que se lembravam de receberem de seus pais e familiares quando eram crianças.
Com base nestas respostas e em outras questões relacionadas, a conclusão foi de que aqueles que receberam mais amor, atenção, carinho, sorrisos e cuidados, se desenvolveram com mais autoestima, segurança e empatia pelos outros.
De fato, esse resultado faz muito sentido quando pesquisamos sobre o desenvolvimento do cérebro das crianças, que é muito acelerado especialmente até o sexto ano de vida. É nesta fase que os pequenos mais necessitam de atenção e ajuda para resolverem seus “problemas”, manifestados através do choro e da birra.
Sim, a birra é uma atitude absolutamente normal nas crianças até essa idade, já que eles ainda não têm controle de suas emoções, nem consciência de suas atitudes. Justamente por esta razão é que a presença carinhosa e compreensiva dos pais é fundamental.
Por isso, não hesite em pegar seu filho no colo e consolá-lo toda vez que ele chorar. É claro que ele vai entender que algo de bom acontece quando ele chora, e talvez vá tentar usar o choro como ferramenta para conseguir outras coisas.
Mas isso não quer dizer que ele vá se tornar um adolescente mal criado ou um adulto com problemas, desde que você comece a impor limites para as exigências dele, conforme ele tenha idade para compreender.
Ajudar seu filho no momento em que ele manifesta a necessidade da sua presença é criar um vínculo de confiança, que o incentivará a lidar melhor com situações de dificuldade, além de habituá-lo em dar e receber amor ao longo da vida.
O que não faz sentido algum é ignorar o choro da criança acreditando que ela realmente esteja mal-intencionada ou compreendendo tudo o que acontece ao seu redor.