Josephina Marquezano Hamuch já passou por muitas experiências dignas de livro ao longo dos seus 103 anos. Entre elas, ser contaminada pela gripe espanhola e se curar, quando as chances eram minúsculas. Ela vivia com seus pais, italianos, e com apenas um ano de idade venceu a maior batalha da sua vida, mesmo desenganada pelos médicos que tratavam a gripe espanhola.
Agora, ela vive em Santos, no interior de São Paulo, e passa pela sua segunda pandemia, a de coronavírus. Lúcida, forte e saudável, Josephina se orgulha de dizer que não precisa de nenhum medicamento para sobreviver. Mas isso não é motivo para deixar de se cuidar, por isso, está se mantendo isolada, desde o início.
Depois de conversar com o filho e saber que muitas pessoas estavam tendo dificuldade de acesso a máscaras de proteção, ela teve uma ideia. Por que não aproveitar sua experiência de décadas de costura e ajudar a quem precisa? Primeiro, ela costurou algumas máscaras para os familiares mais próximos, porém a quantidade produzida foi aumentando.
Decidiu então doar para instituições locais, com a ajuda dos familiares. Claro que ela não parou, mesmo com o primeiro lote, e continua trabalhando firme em sua máquina de costura em casa. Essa é uma forma de ajudar mais pessoas a sobreviverem a uma pandemia, como aconteceu com ela.
Emocionada, Josephina compartilha suas memórias: “parece a mesma coisa, muitas mortes, as pessoas sem muita orientação. Quando eu fiquei mal, com um ano de idade, falaram para meus pais que eu não iria sobreviver. Mas estou aqui agora“. Ainda bem, pois é mais uma pessoa maravilhosa fazendo a diferença nesses tempos tão incertos.
Com informações de G1