Em uma época em que muitos estão desesperados para encontrar uma cura para o coronavírus, alguns tentam tirar proveito do sofrimento alheio. Isso já é terrível, porém fica ainda pior quando envolve a fé, tão importante em tempos de pandemia.
Entenda o caso
Você já está sabendo do pastor que está vendendo grãos de feijão “abençoados” por mil reais cada um? O grande segredo para que ele custe tão caro é sua utilidade: basta plantar na terra que ele irá curar a pessoa contra o coronavírus. O religioso declara que tem aval médico. Veja no vídeo como ele anunciou o novo produto:
O problema é que o que ele está fazendo é um crime e o Ministério Público Federal (MPF) já acionou a lei. Além de vincular a informação sobre propaganda enganosa, o MPF está afirmando que o pastor cometeu prática abusiva da liberdade religiosa, colocando a saúde da população em risco, com um produto sem eficácia.
A denúncia também diz que o religioso está explorando a boa fé dos seus seguidores, com grande arrecadação de bens financeiros. Ainda pior quando envolve um produto sem eficácia terapêutica que visa resolver um dos maiores medos coletivos da sociedade, no momento, o coronavírus. Veja o que o MPF explica:
“O Ministério da Saúde informa que não há, até o momento, produto, substância ou alimento que garante a prevenção ou tratamento do novo coronavírus. Conforme determinação do Ministério Público Federal, o Ministério da Saúde esclarece que é falso que o plantio de sementes de feijão, comercializados pelo líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, leva à cura ou serve para prevenção da covid-19.”
A defesa do pastor alega que ele não estava vendendo uma cura para a covid, e sim um propósito com Deus, para a vida. Isso respaldado pelos textos da bíblia, que materializam o propósito com Ele. Diz ainda que não houve tentativa de venda e sim uma proposta de oferta espontânea por parte do fiel.