Provavelmente você concorda que a qualidade de vida das pessoas está relacionada aos seus laços afetivos, não é? Quando temos a família ou amigos por perto, mesmo os momentos de dificuldade ficam mais fáceis de viver.
No caso das pessoas idosas, esse fator é ainda mais importante, já que depois de passarem longos anos ocupados com trabalho, família e compromissos, quando se aposentam, os idosos que não arrumam outras atividades, tendem a adoecer e viver seus últimos anos em solidão.
Até mesmo, porque seus amigos começam a falecer, os filhos se afastam, não precisam mais trabalhar e a vida vai perdendo o sentido.
Um estudo comprovou este fato
Na busca de tentar comprovar este fato, um estudo realizado em Berlim, na Alemanha, acompanhou cerca de 500 idosos que tinham entre 70 e 100 anos de idade.
O estudo durou quase duas décadas e considerou diversos fatores que influenciam a longevidade dos idosos. Entre estes fatores estava a convivência com os netos, desde a infância deles.
Popularmente sabemos que os avós mimam mais os netos, e muitos agem de forma bem diferente que eram com os filhos. Isso porque as responsabilidades mudam. Os avós não são os responsáveis pela criação dos netos, mas sim, colaboram de forma amorosa, para que essa criação seja melhor.
Dessa maneira, a pesquisa não considerou avós que tinham a guarda dos netos e os criavam em tempo integral, sem a participação dos pais. Apenas aqueles que ajudavam na criação, cuidando de vez em quando e passando momentos em família.
O resultado foi muito positivo. Constatou-se que estes idosos que participavam da vida em família, ajudando a cuidar dos netos, viviam até 10 anos mais do que os idosos que não tinham netos, ou tinham, mas não havia convivência.
Outro fator considerado na pesquisa foi sobre a convivência dos idosos com seus filhos, mesmo sem netos. Os idosos que participavam ativamente da vida dos filhos, sentindo-se úteis e amados, tiveram uma média de 5 anos a mais de vida do que os idosos que não tinham convivência familiar.
Esses fatores não significam que idosos que não têm filhos e netos ou que não convivem com eles, estejam destinados a morrer mais cedo. Afinal, há muitas pessoas com uma família pequena ou distante que confortam-se em outros grupos sociais, como amigos, vizinhos e ajudando entidades que necessitam de apoio.
Na terceira fase do estudo relacionado à convivência social dos idosos, constatou-se uma vida até 7 anos mais longa entre os idosos que tinham uma rotina mais ativa em seus grupos de convivência social, em comparação com os idosos que não o tinham.
Uma vida social ativa te faz viver mais!
Concluindo, de acordo com a pesquisa, faz todo sentido que uma vida mais ativa, participativa e amorosa na terceira idade contribui para a longevidade saudável, física e psicologicamente.
Outro fator científico que entra no estudo para comprovar esses resultados é a chamada Hipótese da Vovó, que coloca os idosos em outra posição importante depois da fase da fertilidade, explicando sua longevidade, mesmo quando não podem mais procriar.
Teoricamente, de forma unicamente científica, depois da fase reprodutiva, o ser humano prepara-se para morrer, pois já cumpriu o seu papel na natureza. Mas nesta teoria da Hipótese da Vovó, os idosos colaboram na manutenção da espécie, pois enquanto cuidam dos netos, os pais podem dedicar-se mais a si mesmos e à reprodução de sua prole.
Mas esta já é uma questão que faz parte da teoria da evolução, e renderia um assunto muito mais aprofundado.
De modo geral, é ótimo que tenham estudos focados na qualidade de vida dos idosos, assim, temos mais certeza do que devemos fazer para nos manter mais ativos, saudáveis e felizes na terceira idade, você concorda?
E então, quais são seus planos para o futuro? Investir na saúde, fazer atividades agradáveis e estar perto das pessoas que ama são atitudes fundamentais!
