A doença de Parkinson ou mal de Parkinson tem esse nome em homenagem ao Dr. James Parkinson, que foi o primeiro médico a fazer registros sobre ela, no ano de 1817.
Embora seja bicentenária, ainda desafia a ciência por conta da diversidade de sintomas. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas são diagnosticadas e precisam encontrar a melhor maneira de conviver com a doença.
Continue lendo para saber por que a doença acontece, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos.
O que é Parkinson?
O mal de Parkinson é uma doença neurológica, progressiva e crônica. Quando ela atinge o sistema nervoso central, compromete vários movimentos do corpo.
A maior incidência dela é em pessoas idosas, com o surgimento dos primeiros sintomas apenas por volta dos 55 e 60 anos de idade. Com o passar do tempo é que os sintomas ficam mais sérios, causando dificuldades motoras e os famosos tremores.
Para compreender melhor como o Parkinson acontece, é preciso saber que, quando as células nervosas do cérebro enviam sinais de movimento para os músculos, elas precisam da dopamina. É esta substância química que vai controlar a intensidade do envio dos movimentos.
Mas quando as células nervosas que produzem a dopamina começam a ser destruídas de forma progressiva, aquelas que enviam os sinais de movimento ficam também sem controle.
Como resultado, a pessoa começa a sentir dificuldade de se movimentar e o quadro evolui gradativamente até a perda da função muscular. Esse é o Parkinson. Mas, como essa ação de destruição surge? Eis a questão!
Sintomas de Parkinson
Os sintomas de Parkinson possuem um certo padrão, no entanto também variam muito em cada paciente. Os iniciais mais comuns costumam ser: a lentidão nos movimentos e os tremores nas mãos.
Os pacientes com o mal demoram para perceber que estão sintomáticos. Devido a idade em que costuma dar os primeiros sinais, as pessoas tendem a achar que estão só envelhecendo, porque se sentem mais “travadas” e fracas.
Quando algum familiar ou amigo comenta que está percebendo esses sintomas, é bom dar atenção. Se perceber também que a sua letra diminui de tamanho, procure um médico e fale sobre essas pequenas mudanças.
Os sintomas poderão estar mais avançados quando a pessoa se der conta que há algo errado. Pode sentir rigidez nos músculos, movimentos curtos, dificuldade para engolir, lentidão para falar, dores sem motivo aparente pelo corpo e tontura, por exemplo.
Diagnóstico de Parkinson
O diagnóstico é feito por meio de exames físicos, neurológicos e da análise do histórico do paciente, bem como dos sintomas que apresenta. Como há um leque de sintomas a analisar, o médico pode solicitar diferentes tipos de exames que ajudem a descartar mais doenças.
Outro teste para definir o diagnóstico é iniciar o tratamento com a medicação carbidopa-levodopa. Se o paciente mostra melhoras, quer dizer que é mesmo Parkinson e os sintomas já estão sendo controlados.
Mesmo assim é importante que o paciente continue visitando seu médico periodicamente para acompanhar o estágio de evolução da doença e alinhar o tratamento adequado.
Tratamento mal de Parkinson
Depois de feito o diagnóstico, o médico determina o tratamento da doença conforme a necessidade de cada paciente. Pode ser com medicamentos, psicoterapia ou cirurgia, em casos mais específicos.
O medicamento para o mal de Parkinson é à base de agentes neuroprotetores na tentativa de parar a degeneração das células produtoras de dopamina. Quando é recomendada a psicoterapia, é porque o caso do paciente envolve perda de memória, depressão e quadros de demência.
O estilo de vida do paciente também pode ser adaptado em favor da sua saúde. Estimular o corpo a fazer movimentos pode retardar alguns sintomas.
Exercícios físicos e atividades como artes manuais são boas terapias, de preferência feitas em grupo para obter também os benefícios do convívio social.
Parkinson tem cura?
Assim como não se sabe a causa exata do aparecimento do Parkinson do organismo, não se sabe como curar. Mas o tratamento tem o objetivo de controlar os sintomas, junto com as mudanças no estilo de vida do paciente.
O médico continua acompanhando a evolução – ou da doença ou do tratamento – para adaptar ao que for mais eficiente para cada paciente.
Estimular o cérebro com atividades cognitivas é um ótimo tratamento para os pacientes com Parkinson.
Mãe da apresentadora Xuxa sofreu com a doença
E este foi o caso de Alda Menegel, mãe da apresentadora Xuxa Menegel, que também sofria deste mal. E aos 81 anos, em 2018, faleceu em casa.
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O desabafo e relato da Xuxa, nas suas redes sociais, é algo que muitas famílias se identificam, devido a progressão da doença e como ela se manifesta:
“Tem alguns anos que minha Aldinha não pode mais nos beijar ou abraçar. Tem alguns anos que a minha guerreira está fazendo de tudo para ficar aqui com a gente. (…) Tem alguns anos que eu peço um milagre.“, escreveu.
Veja o que o neurologista tem a dizer sobre o assunto: