Uma boa noite de sono é essencial para fazer a reparação do corpo e estar bem disposto no dia seguinte. Isso vale para adultos e crianças, mas vários tipos de distúrbios podem atrapalhar. Um desses distúrbios é a parassonia, que afeta Ravi, o filho de seis meses do DJ Alok com a médica Romana Novais.
Depois de ter um diagnóstico médico sobre as várias crises de choro durante o sono de Ravi, Romana resolveu compartilhar a informação no seu Stories do Instagram para ajudar outras famílias que estejam passando pelo mesmo.
As crises de choro acontecem várias vezes durante a noite, e parecem não ter motivo. Em uma sequência de vídeos no Stories, Romana falou sobre a parassonia. Relatou que que o filho sempre foi saudável, mas que ficou preocupada quando as crises começaram.
Isso porque, apesar de cada crise durar de cinco a dez minutos sem parar, Ravi mantinha os olhos fechados e parecia continuar dormindo. Quando a crise terminava, ele simplesmente voltava ao sono tranquilo.
“Um choro inconsolável. Eu pegava ele e não conseguia driblar esse choro (…) O que para uma mãe é desesperador, você ver o seu filho chorando, sem conseguir fazer nada (…) Testamos tudo, não era fome, calor, frio, sono. A fralda estava limpa”, diz.
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O diagnóstico
Sem entender o motivo das crises de choro do filho, Romana e Alok foram à pediatra da família. Ela acreditava que poderia estar relacionado ao salto de desenvolvimento do bebê. Mas depois disso as crises aumentaram. Preocupados, os pais resolveram consultar um neuropediatra.
O médico fez exames com Ravi e disse aos pais que não havia indícios de doença grave. O que ele tem se chama despertar confusional, também chamado de parassonia. Nos vídeos, Romana explicou que esse distúrbio é similar ao sonambulismo, acontecendo quando a criança desperta parcialmente de um sono profundo.
Outra informação importante é que a parassonia é hereditária, ou seja, passa dos pais para os filhos. Tanto Romana quanto Alok já tiveram parassonia, então tudo fez sentido.
Para ajudar a controlar as crises, Romana explicou que os pais não devem estimular muito o bebê, especialmente perto da hora de dormir, pois isso pode desencadear uma crise, já que a criança “descarregaria” todos esses estímulos que ela não conseguiu absorver em forma de choro durante a noite.
Tomando esse cuidado, Romana e Alok conseguiram ajudar o filho a ficar bem depois de dois meses do começo das crises. A dica de evitar estímulos ao bebê depois das 18h vai continuar a ser praticada pelos pais. E isso quer dizer que devem evitar som alto e luzes fortes após esse horário para que o bebê já comece a se preparar para o sono. Com o tempo, as crises passam. Conforme o bebê vai crescendo, ele vai ficando mais preparado para receber estímulos e conseguir dormir bem do mesmo jeito.