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Para evitar queda de cabelo, ela criou capacete para quimioterapia

A função do aparelho é evitar a queda de cabelo provocada pelo tratamento, e ajudar a lidar com a doença de outra forma.

Foto: Reprodução

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A argentina Paula Estrada, designer gráfica de profissão, foi diagnosticada com câncer de mama em 2009. O que mais a afetaria nesse processo seria perder suas longas madeixas loiras. Então, ela inventou um capacete para quimioterapia.

De fato, a perda de cabelo é um dos efeitos colaterais que mais afeta as pessoas, principalmente as mulheres que adoram cuidar dos cabelos e sentem que eles são essenciais para sua beleza e feminilidade.

Paula sabia que seu lado emocional seria fortemente afetado se os seus cabelos caíssem. Então, Na sua casa, em Buenos Aires, ela começou a improvisar um capacete com compressas de gelo que manteria seu couro cabeludo frio, evitando a queda de cabelo.

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Como funciona o capacete para quimioterapia?

Paula sabia que, se mantivesse o seu couro cabeludo em temperatura mais fria, os vasos sanguíneos ali presentes ficariam comprimidos e isso poderia manter os fios de cabelo intactos. Essa temperatura reduzida impediu que os medicamentos do tratamento afetassem o cabelo através da corrente sanguínea.

A ideia deu certo e Paula começou a compartilhar com outras mulheres diagnosticadas com câncer e que precisariam do tratamento. Segundo ela, manter os cabelos foi crucial para lidar com a doença e a quimio de forma muito menos sofrida.

“Acho que o capacete foi a chave para manter meu humor. Não sinto nada enquanto uso o capacete. Eu saio da quimioterapia, tiro o capacete e vivo minha vida como qualquer outra pessoa. É confortável usar, não incomoda nada. Quando você o coloca, fica frio no começo, mas não é desconfortável”, conta Paula.

A designer também explica que o capacete para quimioterapia deve ser usado desde a primeira sessão do tratamento e precisa estar a -20 graus Celsius – além de ser trocado a cada 30 minutos.

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“Tem que colocar o capacete no freezer com dois dias de antecedência. Eu sei que pegar o capacete, que é um pacote de gelo em gel, leva um pouco de logística, mas vale a pena porque faz você lutar contra a doença de forma diferente. Você, seus filhos e seu entorno se veem de maneira diferente”, comenta Paula.

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Muitas mulheres beneficiadas

O capacete para quimioterapia criado por Paula já ajudou cerca de 60 mil pacientes com câncer na Argentina, Chile, México, Espanha e Estados Unidos. Seu oncologista, Gonzalo Recondo, afirma que há evidências claras de que o equipamento pode ser útil para prevenir a queda de cabelo.

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Fonte: R7

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