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Padre Fábio de Melo faz texto emocionante sobre partida da mãe: “A mim resta a dor térrea”

Dona Ana tinha sido vacinada mas, antes disso, já estava infectada e não sabia

Crédito: Reprodução

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Dona Ana Maria de Melo, mãe do padre Fábio de Melo, foi diagnosticada com Covid-19 e precisou ser internada no dia 15 de março, em Uberlândia (MG). Dona Ana estava com 83 anos e chegou a tomar a primeira dose da vacina no dia 4 de março. Mas, ela já estava infectada antes disso, sem saber.

Depois da internação, a doença continuou ativa e causando complicações na saúde de dona Ana. No dia 27 de março, seu corpo não resistiu e ela faleceu. No dia 28, o próprio padre Fábio deu a notícia do falecimento da mãe aos seus fiéis e amigos da família, por meio de suas redes sociais.

Confira, abaixo, o lindo e emocionante texto que ele escreveu no IGTV, em homenagem a sua mãe.

“Minha mãe partiu hoje. Logo cedo, como quem tem pressa de viver a eternidade. A mim resta a dor térrea, o ferimento que rasga o corpo e a alma.

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Ela me deu a vida num Sábado de Ramos, como hoje. Nossa simbiose reuniu as regras do nascer e do morrer.

Obrigado, minha dona Ana! Só Deus e nós sabemos o quanto fomos um do outro. Uma pertença que me fez sofrer, sorrir, amar, aprender, conjugar todos os verbos que tornaram válida a aventura de nossa existência. Seguirei hospedando sua memória, levando tudo o que couber dentro de mim.

Um dia, quando eu estava em Fátima, Portugal, eu liguei para a senhora e disse: ‘mãe, eu estou em Fátima!’

A senhora imediatamente me disse: ‘Então, quando você estiver diante de Nossa Senhora, diga que eu mandei um beijo pra ela. Fala que é a Ana Maria, ela sabe quem é…’
Sim, minha mãe, meu pedaço de mim. Na eternidade, onde a pureza e a bondade prevalecem, todos sabem quem a senhora é.

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Leve de mim tudo o que quiser, tudo o que puder. O dia mais temido chegou. O dia de continuar neste mundo tão empobrecido, sem o precioso simbólico da filiação, sabendo que você não estará mais por aqui.

Guarde meu coração com o seu. Até o dia que Deus voltar a me permitir deitar a cabeça no seu colo, enquanto você faz carinho nos meus cabelos, me chamando de Fabinho.
Obrigado a todos vocês que rezaram, obrigado pelo amor com que vocês sempre nos trataram.”

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