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Padre de 85 anos celebra o casamento do próprio neto

Você já vai entender como é que alguém pode ser padre e ter netos, continue a leitura

Imagem: Reprodução Arquivo Pessoal

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No dia 14 de maio de 2022, Ânderson Martins Müller, de 31 anos, se casou com Rafaela Pilla Muccillo, de 30. Esse momento tão especial foi ainda mais marcante porque o padre que celebrou o matrimônio foi Paulo Müller, de 85 anos, avô de Ânderson.

Desde que decidiram se casar, em 2019, Ânderson e Rafaela já sabiam que queriam o vô Paulo para dar a bênção. O casamento já era para ter acontecido em 2020, mas a igreja não permitiu que um padre celebrasse um casamento fora da igreja, como o casal queria.

Então, eles decidiram que iriam fazer a cerimônia na igreja para que o padre Paulo pudesse celebrar. Durante alguns meses as datas foram sendo adiadas por causa da pandemia, mas eles finalmente conseguiram agendar.

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Em entrevista concedida para o UOL, Ânderson contou sobre a espera para conseguir marcar a data do casamento e ter o vô, padre Paulo, no altar com eles.

“A primeira data que tínhamos escolhido para celebrar era outubro de 2020, e tivemos que postergar. Até que, no começo desse ano, marcamos a nova data para 14 de maio e aí definimos que faríamos uma cerimônia na igreja também, para podermos contemplar a participação do vô nesse momento singular. Ele foi a primeira pessoa para quem entregamos o convite com a nova data e já informamos que iríamos fazer a celebração na igreja, e que gostaríamos que ele fosse o responsável por esse momento”, contou Ânderson ao UOL.

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Como o padre pode ser avô do noivo?

Apesar de o padre Paulo já ter 85 anos e ainda estar celebrando missas e casamentos, o que mais chamou a atenção nessa história não foi isso. Se ele foi convidado para celebrar o casamento do neto, e um padre não tem netos, como essa história se explica?

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Acontece que, antes de se tornar o padre Paulo, o avô de Ânderson foi casado por 29 anos com Lizzete, por quem ele se apaixonou quando era um jovem engajado nas atividades da igreja.

Lizzete faleceu em 1990 e, segundo Ânderson, o avô sempre teve vocação religiosa e já era diácono. Então, depois de ficar viúvo, ele voltou a sentir sua vocação pulsar e decidiu continuar os estudos religiosos para se tornar padre. Mas, não antes de conseguir uma permissão especial do Papa, já que Paulo tinha sido casado.

“Por ser um pedido relativamente inusitado, esse tipo de solicitação deve ser levado ao Papa — ao menos foi o que aconteceu na época, não sei especificar se hoje ainda ocorre dessa forma. O bispo, na ocasião, levou a demanda e o Papa autorizou a ordenação dele como padre”, detalha Ânderson.

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O avô Paulo foi a atração do casamento

Ânderson fez questão de contar, na entrevista, o quanto se sentiu presenteado pelo texto que o avô escreveu para os noivos, falando sobre a importância da fidelidade, do amor e do companheirismo.

“Os presentes puderam presenciar os ensinamentos de quem já viveu a vida de casal e que hoje pode orientar novos casais quanto às responsabilidades envolvidas em um sacramento tão importante”, afirmou o engenheiro.

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Depois da cerimônia, todos foram logo para a festa, que foi preparada para que o padre Paulo pudesse participar. Ele precisava ir embora cedo, pois teria um retiro no dia seguinte.

“Para que ele pudesse participar, mesmo que brevemente, organizamos um jantar servido para ele logo na chegada, para agilizar a volta dele a Novo Hamburgo — cidade onde ele é pároco — e não conflitar com o descanso (merecido) dele. Mas, enquanto ele esteve lá, foi um show à parte, todos queriam falar com ele para entender um pouco mais da história, foi muito legal”.

Quando foi perguntado sobre como é ter um avô padre, Ânderson afirmou que é algo normal, pois eles já acostumaram e, mesmo antes, o avô sempre foi um homem muito religioso.

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“Para mim e para os familiares mais próximos parece ser algo corriqueiro, afinal você se acostuma com o fato e acaba se tornando natural. Quem enxerga de fora às vezes não compreende e acaba falando sem conhecimento, como já vimos em outras oportunidades. Entretanto, as pessoas de nosso convívio e os convidados do casamento estavam com uma curiosidade saudável quanto ao assunto e meu avô sempre foi muito tranquilo em relação a isso, ele sempre se coloca à disposição para prestar esclarecimentos”.

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Fonte: UOL

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