Os sites de relacionamento estão bombando, principalmente agora em que a pandemia trouxe mudanças de comportamento e na forma de se relacionar. Uma das tendências é o comportamento chamado de “oystering”, derivado da palavra “ostra”.
O que é oystering?
A princípio, se vem de “ostra”, parece algo negativo, um lugar em que a pessoa se fecha para isolamento. Mas, é o contrário: o oystering se refere a pessoas que estão solteiras e felizes dentro da própria ostra, mas abertas à possibilidade de encontrar sua pérola.
Quem cunhou o termo foi a plataforma Badoo em alusão à afirmação “the world is your oyster”, eternizada por William Shakespeare (1564-1616) na peça “As Alegres Comadres de Windsor”. À tradução literal, “o mundo é sua ostra” tem o sentido de “o mundo é seu e você pode encontrar sua pérola nele”.
De fato, existe uma parcela dos solteiros atuais que estão se jogando nos sites e aplicativos de relacionamento para encontrar amizades que possam vir a se tornar coloridas ou até namoros. Mas, sem pressão.
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De acordo com Henrique Diaz, vice-presidente de Seeding e Scale da Box 1824, agência de pesquisa de tendências, em entrevista para O Globo, o oystering “é um novo olhar para a solteirice, que tem projeção global, mas que é muito forte aqui no Brasil: por sermos um povo muito sociável, não gostarmos de ficar sozinhos. Vejo também como resultado de uma dessexualização em curso desses sites de encontros”.
Essa dessexualização mencionada por Diaz é justamente a vontade de estar com uma companhia, não apenas para sexo, mas para passar vários outros bons momentos juntos.
É uma prática das pessoas que gostam de estar solteiras, mas não necessariamente sozinhas ou fechadas a novos relacionamentos.
É o seu caso? Então, não sinta culpa por isso, pois não tem nada de errado em gostar de estar sozinho e apreciar boas companhias de vez em quando. Apenas desfrute a vida em seu oystering!
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Fonte: O Globo ELA