Uma gestação é a realização de um grande sonho na vida de muitas mulheres. Mas, para algumas, também é motivo de grandes preocupações, afinal de contas, embora seja o processo natural da concepção da vida, também é um período delicado e cheio de surpresas. Uma das alterações que podem ocorrer ao longo de uma gravidez é o oligodrâmnio. Se você nunca ouviu falar nesse termo, descubra agora do que se trata.
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O que é?
O oligodrâmnio está relacionado com o líquido amniótico. Toda gestante que está fazendo o seu pré-natal adequadamente sabe que o líquido amniótico tem funções cruciais durante o período gestacional. Conforme explica a Dra. Juliana Alzuguir, do CordVida, as duas principais funções desse líquido são proteger o bebê e auxiliar no seu desenvolvimento.
Ele protege contra choques externos, contra a compressão umbilical (evitando a interrupção do fornecimento de oxigênio e nutrientes ao feto) e contra bactérias presentes na vagina e no ambiente externo ao útero de modo geral.
Também favorece o desenvolvimento dos pulmões, do sistema digestivo, dos músculos e ossos. Por fim, o líquido faz com que a temperatura intrauterina seja constante durante toda a gestação.
A quantidade desse líquido dentro do útero varia de acordo com o tempo de gravidez. Ele vai aumentando até por volta das 36 ou 37 semanas, chegando a 800 ml a 1 litro. Depois, começa a reduzir para preparar o bebê para o nascimento, de forma gradual.
Com relação ao líquido, de modo geral podem ocorrer duas alterações. A oligodramnia, assunto em questão, é quando ocorre a diminuição do líquido amniótico antes do tempo esperado ou em quantidade muito maior do que a esperada. Outra alteração é a polidramnia que o oposto, ou seja, o aumento de líquido em quantidade elevada ao normal.
Quais são as causas?
Existem algumas hipóteses válidas para que esse problema ocorra:
- A desidratação;
- Ruptura parcial de membranas;
- Alterações na placenta;
- Alterações nos rins do feto que dificultem sua produção normal de urina;
- Determinadas medicações que a mãe esteja usando, como alguns hipertensivos e anti-inflamatório.
Quais são os riscos para o bebê?
Devido às funções do líquido amniótico na gestação, o oligodrâmnio pode trazer alguns prejuízos ao bebê no sentido da maturação dos ossos e do tecido muscular. Também pode prejudicar a maturação pulmonar, resultando em algum tipo de problema respiratório no nascimento.
A título de curiosidade, no caso de ocorrer a polidramnia, as principais causas são o diabetes da mãe, doenças cromossômicas no feto (como síndrome de Down), alterações no sistema nervoso do feto e por incompatibilidade RH entre mãe e feto. Como consequência, há o risco de parto prematuro ou complicações no parto vaginal.
O que fazer a respeito?
Ele pode ser detectado através de um simples exame de ultrassom. Por isso que é essencial a gestante fazer todas as suas consultas de pré-natal até o final da gravidez. Quando o obstetra identifica o problema, são tomadas as devidas providências para que haja o menor prejuízo possível à saúde do bebê.