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Olfato é o sentido que mais desperta memórias emocionais

Quando não sentimos o cheiro de nada parece que falta um pedaço de nós, aquele que conecta os cheiros a emoções

Crédito: Freepik

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Se você já teve perda de olfato depois de uma doença, percebeu que algumas coisas perdem a graça. Comer, por exemplo, não é tão prazeroso quando você não sente o cheiro da comida. É o aroma que desperta o seu desejo por ela. E isso acontece porque o olfato faz uma conexão direta com nossas memórias afetivas e os gostos que desenvolvemos.

Veja também: Perda de olfato é associada a maior risco de mortalidade

A importância do olfato para as memórias e sensações

Você já parou para pensar como é que o cheiro de café fresco e de bolo saindo do forno podem trazer memórias da infância na casa da avó? Como certos cheiros fazem você desejar ou repelir alguma coisa?

O cientista Harold McGee, um dos maiores especialistas na química dos alimentos, já parou, pensou e tirou suas conclusões.

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Ele passou os últimos anos aprofundando seus conhecimentos sobre como as moléculas que entram pelo nosso nariz poderiam ser tão importantes para entender o mundo à nossa volta.

“Comecei a pensar nisso em 2007, sobre como nos aprofundamos tão pouco sobre um sentido que é capaz de nos transportar para tão boas memórias e sensações”, conta.

Veja como nossas memórias afetivas despertam a nostalgia

Um estudo da Universidade de Utrecht, na Holanda, concluiu que o olfato também é o sentido que desperta mais memórias emocionais.

Para os especialistas, a proximidade entre o centro de processamento de cheiros e regiões que controlam emoções e memórias no cérebro seria a principal razão para essa relação.

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“Não a toa, durante a nossa infância, quando experimentamos, por exemplo, o cheiro de comida sendo preparada pela nossa mãe, que é uma pessoa determinante para nossa existência, nosso cérebro registra este momento e esse cheiro vai estar sempre associado com conforto e cuidado, com amor e segurança”, explica McGee.

O mesmo acontece com memórias negativas. Ao vivermos um momento assustador ou perigoso, e há um cheiro predominante no ambiente, esse aroma vai ser um gatilho negativo. Senti-lo vai nos causar sempre grande desconforto.

“Para mim, que moro na Califórnia, o cheiro de madeira queimando sempre foi muito reconfortante, pois me remetia o calor da lareira nos dias mais frios”, conta o especialista.

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O fato é que, como explicou McGee, “nosso cérebro está constantemente percebendo o que se passa no mundo ao nosso redor, interpretando e fazendo associações com base nas experiências que acumulamos. O olfato é um importante aliado para nossa mente organizá-las”.

Aproveite e veja: O cérebro humano continua ágil até os 60 anos, aponta estudo

O que leva a não sentir cheiro?

Com a pandemia, aprendemos que a perda de olfato é um sintoma da Covid Longa – como é chamado o conjunto de sequelas, por tempo prolongado, em pacientes curados da doença.

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Outras doenças e lesões que podem levar à parosmia (outro nome para perda de olfato), são:

  • Rinite
  • Sinusite
  • Gripe
  • Traumatismo craniano e lesões na face que afetem o sistema olfativo

Veja também: Diferenças entre sinusite e rinite: sintomas e tratamento

Fonte: BBC Brasil

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