Enquanto estamos aqui, vivendo um dia de cada vez, tem muita gente por aí pensando no futuro da humanidade. Tanto que essas pessoas criaram o “cofre do fim do mundo”, que fica na Noruega.
Esse cofre foi projetado e é monitorado por uma coalizão entre o Ministério da Agricultura e Alimentação da Noruega e o Crop Trust, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Basicamente, o cofre do fim do mundo é uma estrutura futurista de concreto que se projeta da paisagem glacial de Svalbard, no meio do Oceano Ártico, contendo em seu interior um plano de backup para o planeta – 1,1 milhão de amostras de sementes de todos os países do mundo, preservadas no permafrost em caso de uma catástrofe global.
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O “cofre do fim do mundo” não é o único lugar do Planeta que abriga 13.000 anos de história e biodiversidade agrícola. Ele apenas é um plano B.
Existem bancos de genes e sementes em todo o mundo, onde cópias de importantes espécies de plantas do planeta são armazenadas – e uma linha de frente na defesa contra as muitas ameaças que o mundo enfrenta.
Mas, no caso de as cópias originais serem destruídas por uma catástrofe – desastre natural, conflito, doença, erro humano ou qualquer outra crise global, o “cofre do fim do mundo” fornece um refúgio seguro, preservando uma segunda camada de duplicatas de segurança de exclusivos e valiosos materiais vegetais.
Ou seja, caso aconteça alguma catástrofe que leve ao fim – ou quase fim – da humanidade, mesmo depois de muitos anos, as sementes abrigadas no interior desse cofre poderão ser redescobertas e plantadas para dar um recomeço à vida como conhecemos – ou talvez de um jeito melhor.
Desde a sua criação, exceto no caso de depósitos urgentes, as portas do cofre são abertas apenas três vezes por ano – o resto do tempo o cofre fica fechado.
Uma vez lá dentro, as sementes são armazenadas e espera-se que permaneçam viáveis por milhares de anos.
Dentro dessa biblioteca gigante de sementes, existem sementes essenciais às práticas agrícolas atuais, também variedades selvagens de cepas domesticadas e amostras históricas que não estão mais em uso ou existentes fora do congelamento profundo. Alguns exemplos são:
- 3.000 variedades de cocos
- 4.500 variedades de batatas
- 35.000 variedades de milho
- 125.000 variedades de trigo
- 200.000 variedades de arroz
A escolha dessa remota localização para abrigar o “cofre do fim do mundo” tem um motivo. A região fica quase 2.000km ao norte do continente norueguês, 1.700m acima do nível do mar e 130m no espesso permafrost da encosta da montanha.
A remota tundra glacial de Svalbard permanece silenciosa, estável e um tanto inacessível. Enquanto o resto do mundo passa por turbulências na estabilidade política, climática e meteorológica, espera-se que este continue sendo um dos lugares mais secos, frios e seguros da Terra.
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