A morte permanece sendo um mistério para a humanidade. Independentemente da crença de cada um, ninguém pode afirmar, com certeza, o que acontece no momento exato em que uma pessoa parte desse plano para outro.
Justamente por conta dessa curiosidade, diferentes estudos são feitos e a comunidade médica procura dar uma resposta mais próxima possível do que as pessoas sentem quando morrem, em diferentes situações.
Quando uma pessoa é considerada morta?
Basicamente, existem duas situações em que uma pessoa é dada como clinicamente morta. Primeiro, quando sofre uma parada cardiorrespiratória e, pela falta de circulação de sangue e oxigenação, seu cérebro para de funcionar. Se ela não for ressuscitada em até 10 minutos, não terá mais chances de sobreviver.
A outra situação é a morte encefálica, ou seja, o cérebro para de funcionar antes do coração. O fluxo sanguíneo regular no cérebro cessa, assim como o controle definitivo das funções vitais e de atividade elétrica. Nessa condição, quando a pessoa está sob cuidados médicos, o coração pode ser mantido algum tempo a mais por aparelhos para dar tempo de retirar os órgãos para doação.
O que é a experiência de quase morte?
São vários os casos de pessoas que relatam uma experiência de quase morte, ou seja, elas chegam a parar de respirar ou a não ter mais oxigenação no cérebro por alguns minutos, mas são ressuscitadas e contam o que viram durante esses minutos no corredor entre a vida e a morte.
Em todos os relatos conhecidos, nunca uma pessoa disse ter sentido dor. Alguns dizem que viram uma luz branca, uma pessoa querida que já faleceu, outros que sentiram como se o espírito estivesse saindo do corpo e, ainda, relatos de uma sensação de paz e acolhimento.
Esses relatos são chamados de experiência de quase morte (EQM). Porém, a ciência ainda não reconhece essas experiências de forma oficial, devido à sua natureza desconhecida. Apesar dos estudos, os médicos não sabem se as EQM’s são biológicas ou espirituais.
Nas possíveis causas biológicas para essas experiências estão a disfunção progressiva do cérebro por causa da falta de irrigação de sangue ou então o desligamento progressivo do córtex visual, responsável por gravar as imagens, e aí a pessoa tem as visões que relata simplesmente como uma consequência desse desligamento cerebral.
Os estudos sobre a hora da morte
Um dos estudos já feitos sobre a hora da morte ocorreu em 2014, na Universidade de Southampton, Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, cerca de 40% das pessoas que sofreram paradas cardíacas tiveram uma EQM.
Eles acreditam que um indivíduo pode continuar com atividade cerebral até três minutos após seu coração parar por completo, e é nesse tempo que ocorre a experiência.
Outro estudo, publicado no New England Journal of Medicine, acompanhou 631 pacientes enquanto morriam em 20 UTI’s de 3 países diferentes. Os pesquisadores descobriram que 14% dos pacientes mostraram alguma oscilação da atividade cardíaca após um período de falta de pulso.
Isso significa que, embora todos os pacientes tenham morrido, talvez a morte não seja um desligamento, mas sim, uma continuação, uma passagem, como muitos pensam.
Morrer dói?
Um dos motivos que leva as pessoas a terem medo de morrer é o medo de sentir dor. Bem, às vezes é inevitável. Por exemplo, quando uma pessoa morre ao ter um infarto, ser envenenada, ter uma asfixia ou hemorragia, vai sentir dor devido à causa dessa morte, que pode ocorrer lentamente e com sofrimento.
Mas também pode ser uma morte instantânea, em questão de segundos, como em um acidente fatal, uma morte de causas naturais ou quando uma pessoa morre enquanto está dormindo. Nesse caso, não há tempo para que o corpo assimile a dor. Ele simplesmente “desliga”.
O fato é que não vale a pena perder seu precioso tempo de vida com medo do que vai sentir na hora da morte. Viver cada segundo é o que importa, já que ninguém sabe dizer o que vem depois.