Considerado um clássico da literatura infantil, e que também tem muito a ensinar para os adultos, O Pequeno Príncipe é um livro que deveria ser obrigatório nas escolas e é uma leitura recomendada para todos. Mas, para isso, seria preciso adaptá-lo para todos.
Na intenção de possibilitar que crianças e adultos cegos pudessem ter o prazer de conhecer esta obra, que foi publicada originalmente em 1943, o artista cego Claude Garrandes, com o apoio da Fundação da Juventude Antoine de Saint-Exupéry, resolveu publicar a versão de O Pequeno Príncipe em braille, o sistema de escrita tátil para cegos.
Esta ideia veio a público, pronta para a venda, em 2014. Porém, com apenas mil exemplares impressos.
Mesmo assim, esta ideia foi uma grande conquista para a comunidade de pessoas cegas já que, segundo a União Mundial de Cegos (WBU), que representa cerca de 253 milhões de pessoas com deficiência visual de organizações em mais de 190 países, o mundo ainda está longe de garantir a inclusão social para pessoas cegas.
Menos de 10% das obras literárias possuem versão em braille, considerando apenas os países desenvolvidos. Nos subdesenvolvidos, essa porcentagem cai para menos de 1%. Ou seja, é mais uma barreira para a inclusão social que precisa continuar sendo destruída.
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