A Netflix lançou em fevereiro o documentário O Golpista do Tinder. Dirigido por Felicity Morris, o filme logo entrou na lista dos mais vistos da plataforma em inúmeros países e tem gerado muita repercussão nas redes sociais e na imprensa.
O Golpista do Tinder expõe um homem que usava o famoso aplicativo de relacionamento para encontrar pretendentes. Mostrando ostentação no primeiro encontro, ele afirmava ser herdeiro de um magnata e, na sequência, passava a pedir dinheiro emprestado às mulheres, dizendo-se ameaçado.
Alegando estar sendo perseguido por inimigos, ele conseguiu se apropriar de cerca de US$ 10 milhões. Três vítimas apresentam seus relatos no documentário.
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Quem é o golpista?
Nascido em Israel em 1990, Shimon Yehuda Hayut é acusado de fraudes desde a juventude e foi preso em 2015, na Finlândia, por dar golpes em mulheres. Condenado a três anos de prisão, ele retornou posteriormente a Israel, onde adotou legalmente o nome de Simon Leviev. A artimanha o ajudava a convencer as parceiras europeias de que seu pai era o “rei dos diamantes” Lev Leviev.
Usando o Tinder como ferramenta para atrair mais vítimas, ele usava o dinheiro recebido de uma para impressionar as outras, e assim sucessivamente. Em 2019, foi detido com passaporte falso na Grécia e preso em Israel. Dos 15 meses de condenação, no entanto, cumpriu apenas cinco e foi liberado por bom comportamento.
Há processos contra Shimon em vários países europeus, mas no momento ele está livre. Segundo o Tinder, o israelense foi banido da plataforma e não tem perfil ativo sob qualquer pseudônimo. Ele nega ter praticado qualquer golpe financeiro e tem afirmado no Instagram que em breve contará sua versão dos fatos.
Adaptação audiovisual
O caso foi noticiado pela primeira vez em 2019, num jornal norueguês. O documentário foi produzido a partir disso e a Netflix já pensa numa adaptação ficcional da história, no formato de longa-metragem dramático, segundo a Variety. Ainda não há previsão de lançamento.
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