Ter um bebê prematuro é o medo de muitas mães e pais por causa dos riscos que envolvem a prematuridade. Mas, muitas vezes, dá tudo certo.
No caso que você vai conhecer hoje, a mãe Michelle Butler passou por uma experiência bem pesada quando foi às pressas para o hospital, grávida de gêmeos.
Era o dia 4 de julho de 2020, e Michelle estava grávida de apenas 21 semanas. Ela jamais esperaria ter que ir para o hospital tão cedo porque seus filhos poderiam nascer muito antes do prazo. Foi um grande susto.
Veja também: Parto prematuro: cuidados que ajudam a evitar
Então, no dia seguinte, nasceram os gêmeos Curtis Zy-Keith Means e C’Asya Means, com 132 dias de antecedência.
Eles eram os prematuros mais jovens já atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Regional da Universidade do Alabama localizada em Birmingham, na Inglaterra.
Por conta dessa prematuridade, eles receberam apenas 1% de chance de sobrevivência. Infelizmente, o alto risco de morte se consolidou para a pequena C’Asya, que faleceu um dia após seu nascimento.
No entanto, o bebê Curtis mostrou que estava disposto a lutar mais por sua vida, e foi surpreendendo os médicos e enfermeiros a cada dia que se passava. Mesmo assim, foi preciso preparar a mãe para perdê-lo também.
“Os números mostram que os bebês nascidos tão jovens têm poucas ou nenhuma chance de sobrevivência”, explicou o Dr. Brian Sims, professor de pediatria da UAB, era o médico de plantão quando os gêmeos nasceram.
“Nunca conseguimos trazer um bebê tão jovem para a unidade de terapia intensiva neonatal, então, Curtis foi literalmente o primeiro de sua espécie. Estávamos em território desconhecido”.
Quem já teve filho prematuro na UTI Neonatal sabe que não é fácil. Michelle disse que foi uma época muito estressante para ela, que estava lidando com o luto da filha e a preocupação com o filho sobrevivente.
Curtis precisava de cuidados médicos 24 horas por dia para regular sua temperatura corporal, alimentá-lo e ajudá-lo a respirar. Ele esteve em um ventilador por três meses e passou surpreendentes 275 dias no hospital.
O pequeno Curtis tinha apenas 420 gramas quando nasceu, e só seria liberado da UTI se ganhasse peso e crescesse mais. As probabilidades eram mínimas, mas, este bebê guerreiro foi forte o bastante para conseguir receber alta.
Quando ele completou 1 ano, o Guinness World Records o considerou o “bebê mais prematuro do mundo a sobreviver”.
O recordista anterior nasceu apenas um mês antes de Curtis, e Curtis acabou vencendo-o pelo recorde por apenas um dia.
Seis meses depois que Curtis recebeu alta do hospital, os médicos e funcionários que cuidaram dele surpreenderam a família ao presenteá-lo com seu certificado do Guinness World Record.
Graças ao intenso cuidado dos médicos e enfermeiros, e do amor de sua mãe, Curtis agora é um garotinho saudável, que ainda precisa de ajuda para respirar, mas com um futuro pela frente. E que seja brilhante!
Veja também: Cabeleireira abre salão grátis em hospital para pais de prematuros