Você tem ou conhece alguém que tenha psoríase? Essa é uma doença genética, autoimune, crônica e não contagiosa que gera manchas vermelhas que se descamam normalmente na cabeça, cotovelos, joelhos e pés, mas que pode acometer diversas partes do corpo. A psoríase só acomete em 1% e 3% da população mundial, e atinge igualmente homens e mulheres. É uma doença misteriosa, os médicos ainda não sabem quais são as causas reais dessa disfunção do corpo, tudo o que se sabe é que ela tem origem genética, pode ser desencandeada por infecção, consumo de tabaco, álcool, estresse emocional e também pela obesidade. Um novo medicamento vem trazer esperança para os que sofrem dessa doença autoimune.
Medicamento traz esperança ao tratamento da psoríase
Até então, os tratamentos existentes contra a psoríase não eram definitivos, sendo efetivos em alguns pacientes e ineficiente em outros. O novo tratamento apresentou cura parcial ou total das feridas causadas pela doença em 80% dos pacientes testado, um resultado impressionante e que deixou os médicos animados. O medicamento chama-se secuquinumabe e inibe a ação de uma citocina (molécula que ajuda as células a se “comunicarem”) chamada interleucina-17 (IL-17). O teste foi feito em 3.736 adultos portadores de psoríase de 21 países diferentes e o período de teste durou 60 semanas. Os resultados apontados foram entre cura “mínima” e “total” em 76,4-81,8% dos participantes.
Aprovação e efeitos colaterais
O novo medicamento já foi aprovado nos Estados Unidos pela FDA (Food and Drug Administration) e aqui no Brasil também pela Anvisa. A droga, que neutraliza o caminho feito pelo sistema imunológico que promove a psoríase já está sendo comercializada desde janeiro de 2016 com o nome de Cosentyx™ e pode ser utilizado em pacientes com psoríase em placas moderada a grave. O tratamento oferece alguns efeitos colaterais, o mais grave é a neutropenia, que é a redução da quantidade de células brancas (de defesa) no sangue.