Ter dívidas é uma realidade na vida de milhares de brasileiros, independente do poder aquisitivo. Mesmo pessoas com salários altos podem, sim, contrair dívidas, que costumam ser tão altas quanto o que ganham. O fato é que nem todo mundo deixa parcelas em atraso porque quer. Então, ficam em busca de soluções para negociar dívidas e voltar a ter o nome limpo na praça e a consciência tranquila. Se for o seu caso, veja como quitar dívidas e dicas para não voltar a fazê-las.
Como negociar dívidas?
É fácil falar que comprar tudo à vista é a melhor opção. De fato, é verdade, mas na prática não é assim que funciona. Uma família que vive com um salário mínimo ou dois, por exemplo, não consegue adquirir um imóvel, um automóvel ou mesmo fazer compras de roupas sem ter que financiar e parcelar. Infelizmente não se trata de querer, mas sim de ter condições.
Entretanto, a necessidade de financiar e parcelar não é motivo para atrasar as parcelas e se recusar a negociar dívidas. A empresa ou pessoa para a qual se deve só quer uma coisa: regularizar a situação para receber o dinheiro devido, mesmo que seja refazendo todas as parcelas com um valor mais baixo.
Então, a melhor maneira de demonstrar seu interesse e boa-fé em negociar dívidas é entrando em contato com o devedor para explicar o que levou ao atraso de uma ou mais parcelas. É bem comum que empresas de grande porte coloquem seus devedores em contato com um serviço terceirizado de cobrança que, por sua vez, oferece condições facilitadas para a negociação de dívidas.
Lembre-se que você precisa ser sincero. Não adianta assumir uma renegociação com uma parcela que não vai dar conta de pagar. Se você ficou sem emprego e vai precisar atrasar parcelas sem uma data exata para regularizar a situação, explique-se também. Assumir a responsabilidade é a melhor maneira de demonstrar sua honestidade, mas lembre-se de fazer isso por escrito para que fique registrado, caso seja necessário.
Infelizmente, no Brasil não há uma regulamentação adequada para negociar dívidas, abrindo espaço para atitudes abusivas por parte dos bancos, financeiras e empresas de cobrança. Então, na hora de renegociar, faça as contas e some o total de juros cobrados antes de assinar qualquer contrato. Se for abusivo, você pode se recusar a renegociar e também deve denunciar a empresa ao Órgão de Defesa do Consumidor.
Confira no vídeo os 5 passos a seguir para se livrar de uma dívida que está enrolando há muito tempo para renegociar:
Dicas para viver sem dívidas
Mesmo ainda tendo um longo parcelamento para pagar, se ele estiver em dia, já é um grande alívio porque você verá que pode sim viver sem dívidas. Feito isso, veja algumas dicas essenciais para começar a praticar e evitar contrair novas dívidas. Algumas delas levam tempo, pois trata-se de uma reeducação financeira, mas não desista porque é o seu nome na praça e a sua consciência tranquila que estão em jogo.
Não tenha cartão de crédito
Seja sincero consigo mesmo. Se você não pode ter um cartão de crédito que as mãos coçam para fazer compras desnecessárias, não tenha o cartão. Isso se chama autossabotagem. É o mesmo que ocorre com pessoas que estão de dieta, mas insistem em passear pelas gôndolas de doces no supermercado. Passe longe do perigo. Só depende da sua atitude.
Não gaste mais do que ganha
Essa é uma dica que leva tempo para se ajustar, mas é possível. A conta é simples: se você ganha R$ 900 faça todo o possível para gastar, no máximo, R$ 800. Qualquer sobra é válida, desde que termine o mês com saldo positivo, sem precisar pedir dinheiro emprestado.
Economize nas compras e contas de casa
Com um pouco de esforço e engajamento de todos os que vivem na mesma casa, é possível conquistar uma grande economia. Vocês podem economizar nas compras do supermercado, consumir todos os alimentos sem desperdício, economizar na conta de água, na conta de energia e até no combustível.
Faça uma lista de todos os gastos da família e comecem a pensar juntos no que podem economizar. Essa atitude vai exigir que abram mão de certas coisas, é verdade. Mas nada melhor do que ter um dinheirinho guardado para uma emergência ou para realizar um sonho maior no futuro próximo.