Bernardo é um garotinho de 1 ano e 4 meses que já passou por alguns desafios na vida. Ele nasceu prematuro, de 27 semanas, e com isso vieram alguns problemas de saúde. Desde o seu nascimento, Bernardo já precisou ser internado 4 vezes por causa de problemas cardiorrespiratórios. Mas, dessa última vez, o problema foi outro.
No mês de abril, a mãe do menino, Luana Furtado, de 32 anos, o levou ao médico porque ele estava novamente com os sintomas que já tinha por conta de ser prematuro. Mas ela não contava que aqueles sintomas também fossem de covid-19.
“Isso nunca passou pela minha cabeça. Os sintomas que ele tava apresentando eram semelhantes aos problemas que já tem por ser prematuro. Levei a um médico, em Ipu, e ele disse que a respiração estava boa. É uma característica de quem está com a covid, a ausculta pulmonar não altera muito”, disse Luana.
O menino apresentava moleza no corpo e cansaço, mas nada que surpreendesse a família. Mesmo assim, ele foi levado à internação na Clínica Pediátrica do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral (CE). Lá ele fez um teste para covid-19, que resultou positivo.
“Fez o teste e no dia seguinte ficou internado. Já começaram o tratamento com antibióticos. Quando recebi a notícia tomei um susto, mas também agradeci porque os sintomas eram leves e ele reagiu muito bem e rápido. O Bernardo é muito forte”.
Bernardo ficou internado 13 dias, sendo 5 deles na UTI, mas recebeu alta no dia 12 de maio e já está em casa com a família, que está tomando todos os cuidados necessários para que ninguém mais adoeça.
A parte mais difícil para a mãe foi ter que ficar longe do filho nos 5 dias de UTI, pois nas internações anteriores ela sempre esteve presente. “Desde que ele nasceu, eu nunca fiquei distante. Eu vivo de quarentena por dele. O cuidado tem que ser redobrado”, conta Luana.
No dia da alta, Bernardo passou pelo corredor da Clínica sob aplausos e a mãe segurou a plaquinha com a seguinte frase: “Sou prematuro extremo e venci a covid-19″.
Agora, a família tomou a decisão de se mudar do Rio de Janeiro para o Ceará para que pudesse ficar mais perto de outros familiares. “Estamos construindo nossa casa em cima da dos meus pais. A gente tá concluindo a obra”.
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