Culturalmente são os homens que ficam no comando dos veículos, desde a época em que existiam apenas carroças e cavalos. Este fato sempre trouxe um grande preconceito quanto à capacidade das mulheres em dirigir bem. Mas pesquisas revelam que não é bem assim.
A responsável pela primeira pesquisa é uma empresa de seguros de automóveis britânica chamada Privilege. Após avaliar de perto cinquenta motoristas dirigindo e mais duzentos que guiavam em um dos cruzamentos mais movimentados do Reino Unido, o resultado foi evidente a favor das mulheres.
Dos 30 pontos que podia-se somar na avaliação, as mulheres alcançaram 23,6, enquanto os homens somaram apenas 19,8. Dentro dos critérios avaliativos que levaram a este resultado estavam o cuidado com as regras de trânsito, em especial aos limites de velocidade.
Por esta razão, de acordo com o diretor técnico da Bradesco Seguros, os homens pagam cerca de 15% a mais no valor do seguro. Mesmo que as ocorrências de acidentes sejam muito parelhas em ambos os sexos, aqueles provocados por homens causam mais danos e, consequentemente, custo mais alto.
Dirigir embriagado
Além da maior falta de atenção no trânsito, outro fator que comprova o excesso de confiança dos homens ao volante é o resultado de outra pesquisa feita pela Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto.
Com dados colhidos do Hospital Público Universitário de Uberlândia (Minas Gerais), foi identificado que a porcentagem de acidentes causados por homens embriagados é de 92% sobre apenas 8% de mulheres que consumiram álcool.
Portanto, não há mais porque as mulheres terem fama de más motoristas. O que ocorre é que há muito mais motoristas homens desde que os primeiros meios de transporte começaram a surgir. Entretanto, não significa que o sexo masculino seja melhor nessa tarefa, apenas mais habituado, porém, mais confiante, o que pode significar maior descuido no dia a dia.
E você, concorda que homens e mulheres têm a mesma capacidade de dirigir dentro das normas de condução, mas que outros fatores prejudicam o trânsito brasileiro?! Deixe sua opinião.
Fonte: Folha de São Paulo