Quando estava há cerca de 1 ano e meio morando em um prédio em Brasília, a técnica de laboratório Najhara Noronha, de 36 anos, foi surpreendida com um e-mail bem incomum e foi difícil acreditar no que estava lendo.
O e-mail vinha de um suposto Conselho de Mulheres do condomínio que estava pedindo para que ela usasse roupas mais decentes enquanto estivesse nas áreas sociais do prédio. Veja o que dizia o e-mail, na íntegra:
“O Conselho de Mulheres do Edifício solicita à moradora do apartamento (…) que não transite em áreas comuns com vestes que não seja (sic) bermudas ou roupas mais adequadas. Assim como, roupas de academia e ‘shortinhos’ fazendo com que casais se sintam constrangidos! Caso precise de auxílio estamos a disposição!”, dizia o e-mail.
Dias depois, funcionários do prédio entraram em contato com Najhara para saber se ela tinha uma resposta ao e-mail, mas disseram não saber sobre esse Conselho de Mulheres.
Em entrevista ao G1, Najhara disse que achou um absurdo aquele pedido, como se alguém tivesse o direito de decidir o que ela pode ou não vestir, até porque ela só usava as áreas comuns do prédio para praticar atividade física, vestindo-se de forma adequada para essa finalidade.
“A questão é saber se um grupo de mulheres, ou apenas uma mulher, sente que tem o direito de definir o que posso e o que não posso usar, não há nada que justifique tal comportamento”, acrescentou.
Depois do ocorrido, Najhara conversou com um advogado para saber o que poderia ser feito, já que não estava descumprindo nenhuma regra do condomínio.
