Já imaginou gêmeos com 11 semanas de diferença? Parece impossível, mas existem coisas que surpreendem até mesmo as pessoas mais céticas. As chances desse parto dar certo eram mínimas e que, mesmo com números absurdos, o que era considerado impossível aconteceu!
Esse fato ocorreu no Cazaquistão recentemente e despertou a curiosidade de muitas pessoas, devido a sua explicação e pela probabilidade baixíssima de ter ocorrido. Além disso, ele desafiou os números e se tornou um dos casos mais extraordinários que envolvem a gestação.
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Gêmeos com mais de dois meses de diferença
Lilliya Konovalova possui 29 anos e é uma mãe de gêmeos, natural do Cazaquistão, país do continente asiático. Essa tinha tudo para ser apenas mais uma história comum de gestação, até que essa ela passou pelo inesperado: ela deu à luz duas vezes, com meses de diferença.
A menina foi mais apressada e nasceu em maio, 11 semanas antes do irmão, mesmo sendo gêmeos. E como isso pode ter acontecido? A explicação desse fato intrigante é simples, apesar de rara. Lilliya tem uma condição única, chamada de útero didelfo. Ou seja, ela possui 2 úteros!
Desse modo, cada um desses úteros tem a sua abertura e funcionam de forma independente, o que justifica a diferença no intervalo entre os dois partos. Eles também podem ter o mesmo colo uterino e em alguns casos, a mulher pode portar uma vagina dupla, com saída para cada útero.
Indo contra as estatísticas
Uma a cada 2 mil mulheres do mundo possuem o útero didelfo, o que não impede a gravidez. Porém, o que mais impressiona é que o caso da cazaquistanesa é ainda mais raro! Afinal, apenas uma entre 50 milhões de mulheres possuem bebês que se desenvolvem separadamente, cada um em seu útero.
Para que você tenha uma ideia da dimensão, a população da Espanha é de 46,5 milhões de habitantes. É então como se apenas uma mulher em um país inteiro fosse a escolhida para ter o útero didelfo. E ainda mais raro quando a gravidez é em ambos, como o caso de Lilliya.
Por incrível que pareça, esses números não são os mais impressionantes. Afinal, a gestação dessas mulheres é extremamente delicada, possuindo alto risco para a mãe e o bebê. O parto de Lilliya, já que a chance de gerar as duas crianças é de uma entre 25 mil, foi praticamente um milagre!
No caso dela, a primeira gêmea nasceu prematura, com apenas 6 meses e 1 semana. Isso é um pouco assustador, antes do que é considerado viável para que um recém-nascido sobreviva ao parto. O fantástico foi que tanto a mãe quanto o menino ainda no útero e a menina ficaram bem após o procedimento.
É incrível como alguns acontecimentos podem enfrentar a estatística, já que esse parto bem-sucedido era considerado praticamente impossível de dar certo. Ainda assim, foi executado de maneira excelente, estando hoje os dois irmãos juntos e saudáveis, agora unidos à sua família.