O caso de uma norte-americana de meia-idade que foi curada do HIV com o uso de células tronco é o terceiro no mundo. Outros dois tratamentos de sucesso foram em homens, então, ela foi a primeira mulher.
A paciente tinha leucemia mieloide aguda — um câncer que começa nas células formadoras de sangue na medula óssea. Então, depois de receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus da Aids, ela também entrou em remissão do HIV e ficou livre dessa outra doença que tinha.
Seu caso foi levado à Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Denver, no Colorado, pois também é o primeiro envolvendo sangue de cordão umbilical, uma nova abordagem que pode tornar o tratamento disponível para mais pessoas.
“Este é, agora, o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro de uma mulher vivendo com HIV”, disse Sharon Lewin, presidente eleita da Sociedade Internacional de Aids, em um comunicado.
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Embora apenas 3 pacientes tenham passado pelo tratamento de células-tronco para curar o HIV, outros 25 pacientes portadores do vírus, e com alguma outra doença grave, como câncer, estão sendo estudados, com o apoio do Governo dos Estados Unidos.
Os pacientes do estudo primeiro passam por quimioterapia para matar as células imunológicas cancerígenas. Os médicos então transplantam células-tronco de indivíduos com uma mutação genética específica, na qual não possuem receptores usados pelo vírus HIV para infectar células.
Após o transplante, o sistema imunológico dos pacientes desenvolvem uma resistência ao vírus.
Por enquanto, transplantes de medula óssea não são uma estratégia viável para curar a maioria das pessoas que vivem com HIV. Mas o estudo que está sendo feito “confirma que uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura do HIV”, afirmou Lewin.
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Fonte: UOL Viva Bem