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Mulher escreve bilhete pedindo socorro depois de agressão

O agressor já tinha passagens pela polícia, e essa situação de agressão não foi a primeira

Crédito: Freepik

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Uma moradora de Colatina, no Espírito Santo, estava sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro, depois de ser espancada por ele. O motivo? Ela o repreendeu quando ele quis urinar na rua, e ele não gostou, dando início a agressões verbais ainda em público.

Em seu cárcere, a mulher conseguiu escrever um bilhete pedindo socorro, e a vizinha acionou a polícia. O resgate aconteceu, e o suspeito foi detido.

“Ele não gostou que ela falou para não urinar no meio da rua e lá mesmo começou a ofendê-la. Ela narra que quando chegaram em casa ele deu chutes e socos na costela dela. Bateu ainda a cabeça dela no chão da sala”, disse o sargento Antônio Rodrigues, que atendeu o caso.

O policial ainda informou que as agressões continuaram na frente dos filhos, de cinco e nove anos: “Teve uma hora que ele ameaçou bater no filho de nove anos. Ela entrou na frente pra defender, mas tomou um soco no olho”.

De acordo com o relato do boletim de ocorrência, o agressor trancou a mulher e os filhos em casa, impedindo que ela tivesse ajuda médica para seus ferimentos. Mesmo machucada, ela teve a ideia de escrever o bilhete, e seu filho mais velho pulou a janela, entregando o pedido de ajuda para a vizinha.

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Crédito: Reprodução

Quando a Polícia Militar chegou na residência, percebeu que a mulher estava realmente presa, e que seu agressor estava alterado, então precisaram invadir o local.

“Vimos do lado de fora que ele estava muito alterado e ameaçou ir pra cima das crianças, aí nós entramos”.

O agressor tentou resistir à prisão, mas os policiais conseguiram detê-lo. No local, além da situação do cárcere, os policiais encontraram uma arma de fogo calibre 22. Então, o homem foi autuado em flagrante por lesão corporal, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo.

As agressões já aconteciam antes

Essa ocasião em que a mulher repreendeu o companheiro por querer urinar na rua não foi a primeira que resultou em agressão. Ela contou, na delegacia, que há 5 meses havia sofrido outra agressão do mesmo homem, e que por isso perdeu o bebê que estava esperando.

A Polícia Militar foi acionada para atender o caso, e constatou que a mulher estava cheia de hematomas pelo corpo. Ela chegou a falar para o agressor sobre a gravidez, mas ele não parou de bater nela por causa disso. Então, depois de ser levada para o hospital, ela sofreu um aborto espontâneo.

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Naquela ocasião o homem já tinha sido detido, inclusive portando um revólver calibre 38, mas foi solto depois de quatro dias por meio de um alvará da justiça.

A Secretaria Estadual de Justiça informou que o suspeito já tem cinco passagens pelo sistema prisional desde 2014. Respondia pelos crimes de furto, roubo, lesão corporal e ameaça. O que não se sabe é o motivo de terem deixado ele voltar para casa, mesmo sendo claramente um perigo para sua família e para a sociedade.

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