Não precisa ser uma pessoa rica de dinheiro para fazem o bem ao próximo. Precisa, sim, é ser rico de amor para oferecer, como fez a baiana Valdelice quando adotou filhos da amiga que foi assassinada para evitar que eles fossem para um orfanato e crescessem separados.
Apesar de ser uma mulher analfabeta e que agora vive de um salário mínimo porque não está podendo exercer sua função de limpeza no Conselho Tutelar de Conceição do Coité, Valdelice é um exemplo de empatia e bondade.
Quando a amiga, Rosinete Nery de Lima, de 35 anos, que foi assassinada em julho de 2022, Valdelice decidiu que cuidaria dos filhos dela, três meninos, de 7, 9 e 11 anos, os quais ela já ajudava a cuidar, pois Rosinete era alcoólatra.
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“Eu tinha um carinho muito grande pela Bina (como Rosinete era conhecida), e já ajudava a cuidar dos meninos quando ela era viva e não poderia deixá-los sozinhos quando mais precisaram de mim”, disse em entrevista ao g1.
Os meninos têm pai, mas não viviam com ele. Então, Valdelice ligou para ele e pediu permissão para ficar com as crianças. Ele aceitou e agora ela já conseguiu a guarda permanente dos dois mais novos e a provisória do mais velho.
“As pessoas falam que fiz isso para conseguir algum benefício, mas foi por amor. A Bina era como uma irmã para mim, tentei ajudar ela a sair do vício da bebida, não consegui, mas quero o bem dos meninos”, afirmou.
Valdelice é casada e tem outros três filhos biológicos. Além disso, passa por dificuldades porque sofreu um acidente e está vivendo de auxílio. Mesmo assim ela adotou filhos da amiga porque sabia que seria melhor para os meninos viverem juntos, com uma família que eles já conhecem.
Apesar das dificuldades, ela garante que nunca deixou faltar nada para os filhos: “Ficou complicado, mas graças a Deus nunca deixei faltar nada para os meninos. Meu sonho é construir o quarto para eles”. Esperamos que ela consiga!
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