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Muito tempo no celular: agora são os filhos que reclamam dos pais

Os filhos começam a sentir o impacto da tecnologia na relação com os pais

Crédito: Freepik

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Cada vez mais as pessoas estão conectadas, alheias ao que está acontecendo ao seu redor. Em meio a tanta distração, casais não se olham nos olhos, famílias não conversam mais e pets ficam esquecidos. O pior pode estar acontecendo com alguns pais, que não sabem mais como foi o dia dos filhos, o que eles estão passando, presos às armadilhas da internet.

De uma geração que estava começando a ter acesso a tecnologia, os pais de hoje estão simplesmente encantados com o universo de possibilidades. Além da praticidade e agilidade, o super-estímulo, seja através de vídeos ou de imagens, pode prender a pessoa por mais tempo no celular.

Há também aquele grupo de pessoas que não se desconecta do trabalho, passando o dia entre mensagens de e-mail, WhatsApp e afins. Claro que no meio das mensagens importantes acabam se perdendo em outras nada relevantes. A necessidade social de pertencimento a grupos é preenchida nos criados em redes sociais, nutrindo a vontade de ficar online e interagir.

Porém, o ponto mais severo é a influência das redes sociais na vida das pessoas, através de likes e comentários. De acordo com um estudo, há um processamento neural de ganhos em reputação nas redes sociais, que lida com o sistema de recompensa, podendo gerar vício. Ele está relacionado ao mesmo caminho que a recompensa por comida, bebida e sexo, tendo alto poder de viciar.

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Pais passam muito tempo no celular

Outro estudo aponta que o brasileiro é o povo mais viciado em internet do mundo! Entre os entrevistados, 71% acessavam ao menos uma vez a cada hora, sendo que 20% utilizavam a internet mais de 10 vezes ao dia. Quer saber o mais absurdo? Mais da metade dos entrevistados estão conectados o dia todo. A média mundial é de 28%.

Claro que entre os utilizadores assíduos estão os adultos, incluindo os pais. Redes sociais, jogos, vídeos e outros estão tomando um tempo que seria das famílias, levando a uma inversão de papéis. Hoje, são os filhos que pedem para os pais saírem um pouquinho da internet e viver offline, por um tempinho.

Uma pesquisa realizada pela Common Sense Media, mostrou que os pais passam, em média, 9 horas e 22 minutos consumindo mídias, seja para fins de trabalho ou diversão. Em equipamentos pessoais, como o smartphone, são mais de 7 horas de utilização, por dia. Sempre com acesso à internet.

Apesar de todo esse uso, 78% dos pais entrevistados se consideraram bons modelos de tempo e consumo de mídia para seus filhos. Eles também se preocupam com a utilização de redes sociais pelos filhos, dizendo que prejudica as atividades físicas e também os relacionamentos interpessoais.

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A organização que realizou o estudo encontrou indicadores interessantes, repetindo a pesquisa feita em 2016 nos dias de hoje. Em 2016, 28% dos filhos reclamavam que seus pais passavam tempo demais em frente às mídias. Hoje, essa quantidade subiu para 39%. Apenas 42% das crianças acredita que os pais usam o celular de forma equilibrada.

Se até as crianças estão reclamando, algo não está certo. Veja então como aprender a se desconectar um pouco, com dicas preciosas.

Dicas para passar menos tempo no celular

A primeira dica é simples: você tem que querer passar mais tempo longe do celular. Para isso, determine um objetivo e programe atividades para si e para a família. Seja uma boa conversa, com um chocolate quente antes de dormir, ler um livro, orar, discutir algum tema ou até fazer alguma brincadeira à moda antiga.

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Existem aplicativos que medem o tempo que você passa em cada aplicativo do celular, podendo ser excelente para que se tenha ideia do tempo perdido. Além disso, alguns podem inclusive bloquear o acesso a eles, fazendo com que se tenha que buscar outras coisas para fazer. Dá para fazer isso através do controle parental do Google também.

Estabeleça metas. Menos uma hora nessa semana, menos duas na próxima. E, é claro, comemore suas conquistas, seja com um passeio esperado, o início daquela atividade física que estava esperando a oportunidade ou o curso tão sonhado.

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