As últimas gerações de crianças estão cada vez menos pacientes e mais facilmente entediadas. Em vários aspectos elas demonstram comportamentos cada vez piores. Há uma queda em sua inteligência emocional, social e cognitiva.
Atualmente as crianças chegam à escola sem disponibilidade para aprenderem. Há, muitas vezes, uma recusa imediata ao aprendizado. Mas a culpa não é somente delas. O ambiente social no qual as últimas duas gerações foram criadas contribui para esses problemas. Mas qual a participação efetiva das famílias nessa questão?
A criação das crianças
O cérebro é maleável. É possível, por meio de estímulos, torna-lo mais forte ou mais fraco. Infelizmente os pais têm direcionado seus filhos nas direções erradas. Parece haver certo descaso no meio familiar. Isso impacta na forma como elas enxergam o mundo. Veja os principais erros dos pais na hora de educarem as crianças.
Tecnologia
Cada vez mais os pais utilizam a tecnologia para não lidarem com seus filhos. Dar um tablet ou celular a uma criança quando ela chora é um modo de não precisar interagir. Mas isso tem um preço. Compromete o desenvolvimento emocional, cognitivo e social da criança. A realidade passa a se tornar chata em comparação com a vida virtual.
Nas salas de aula os estímulos são outros. Há contato físico, comunicação humana, estímulos verbais e visuais. De novo: é a realidade. O mundo real não possui o bombardeio de informações gráficas e virtuais que o mundo tecnológico possui. A incapacidade de processar menos informações em salas de aula deixa as crianças facilmente desinteressadas.
Mimos demais
Hoje as crianças não sabem ouvir não. Aliás, elas não ouvem não. Os pais dão a elas tudo que querem. Seja o celular quando estão entediados ou aquela fast food ou um brinquedo quando fazem birra. O fato é que esses pequenos não aprendem a lidar com as frustrações, com a espera, com a ansiedade comum à vida real.
Os pais têm a melhor intenção de fazerem seus filhos felizes. O problema é que estão tornando-os ao mesmo tempo mimados e incompetentes. No futuro elas serão adultos que não funcionarão sob pressão ou estresse. Desde a infância é preciso aprender a ouvir não e a não ter tudo que quer.
Diversão ilimitada
As crianças só sabem se divertir. Não há nada que as cause aborrecimentos. Elas não precisam lavar louça, varrer a casa, ajudar no supermercado. A falta de tarefas e deveres está construindo gerações baseadas apenas em diversão.
É muito comum ouvir hoje em dia crianças se recusarem a fazer algo supostamente difícil. Elas acham chato, irritante e logo desistem ante o mais simples obstáculo. A atual geração de crianças não enxerga o desafio como algo positivo, mas sim como algo entediante e ruim.
Pouca interação social
Hoje há pouca troca física entre as crianças. Isso ocorre por vários fatores. No Brasil há muita insegurança nas ruas, então a alternativa é ficar em casa. Para entreter as crianças, os pais as enchem de tecnologia. Televisão, videogame, aparelhos celulares e tablets. Não há mais brincadeiras ao ar livre, como andar de bicicleta, brincar de amarelinha, entre outras.
Os pais nunca trabalharam tanto quanto nos últimos anos. Cansados de dias inteiros de trabalho, eles não têm energia para interagir com os filhos. Mas se quer que eles sejam sociáveis com as visitas, seja você o exemplo!
A dica é buscar a evolução de seus filhos. Seja emocional ou socialmente. Interaja mais com as crianças e lembre-se que os pais são modelos de comportamento. E não esqueça: às vezes conversar com a criança é a melhor solução.