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Sem perfeição: como mostrar ao seu filho que é normal errar

Chega daquela ideia de que crianças devem ser robôs

Crédito: Freepik

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Você certamente quer o melhor para seu filho e isso inclui a educação. Porém, há muito mais por trás de uma criança “perfeitinha”, super educada e obediente. A projeção de uma perfeição impossível de se alcançar pode criar adultos frustrados e sem coragem de tentar — para não cometer erros. Para evitar isso, é fundamental que você mostre para a criança que a imperfeição faz parte da vida. Veja algumas formas de fazer isso.

Assumir os próprios erros

Crianças observam — e muito. Por isso, se você errar, peça desculpas e explique o que aconteceu e como vai tentar fazer em uma próxima vez. E quando eles errarem e se sentirem mal, conte as histórias de suas falhas e como você superou, mostrando que se pode errar, aprender e fazer melhor.

Elogiar corretamente

Quantas vezes você já ouviu algo assim: “muito bem, você fez um lindo desenho da escola, mamãe está orgulhosa!”. Parece fofo, mas se está fazendo uma relação perigosa nesse elogio. Primeiro de tudo, ele está de parabéns por alcançar um objetivo e é nisso o que se deve focar. Além disso, já pensou se passar na cabeça da criança que se errar a mamãe vai ficar desapontada? Um caminho para o perfeccionismo nada saudável.

Um bom exemplo seria: “muito bem, você fez um lindo desenho da escola, viu só como seu esforço valeu a pena?!”. Mas é claro que não vale elogiar só para agradar a criança, senão acaba perdendo a validade. Se ela chegou com um rabisco (que não passa perto da capacidade dela), diga que ela já fez desenhos melhores e sugira algumas melhorias, elogiando o esforço em si.

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Deixar de fazer comparações

Quando você compara as ações de duas crianças, diminuindo uma delas, está cometendo um terrível erro na educação. Isso porque vai gerar angústia, insegurança, baixa autoestima e a bendita busca pelo perfeccionismo (ou o caminho oposto a ele). Se quiser fazer algum tipo de comparação, que seja com o desenvolvimento da própria criança. Por exemplo: “ontem você escovou os dentes melhor, vai lá e tenta novamente”.

Ensinar a perder

Vencer uma partida é realmente muito legal, mas a criança tem que aprender a perder também. E não tem lugar melhor para treinar do que em casa. Se seu filho fizer birra por ter perdido, não converse na hora da raiva, deixe que se acalme. Depois, trabalhe sua empatia, dizendo que sua atitude magoou os outros jogadores e que, da mesma forma que ele perdeu dessa vez, já ganhou outras e que se quiser é só praticar cada dia um pouquinho.

Sem a pressão pela busca do perfeccionismo guardada no fundo da mente, a vida fica muito mais leve e produtiva. Basta lembrar que nada nem ninguém é perfeito e que o objetivo é viver da melhor forma possível, não de forma perfeitamente idealizada e inalcançável — isso vale para a criança e também para você.

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