Há determinados momentos da vida em que estamos tão satisfeitos, que pensamos “se eu morrer agora, morro feliz”. E, infelizmente, para algumas pessoas, isso acontece de fato.
Foi o caso de Jean Carlos Ribeiro da Rosa, de 23 anos, que morreu na frente do Hospital Hélio Anjos Ortiz, minutos após conhecer o filho recém-nascido.
O caso aconteceu em Curitibanos, Santa Catarina. O jovem pedreiro foi atropelado quando retornava à unidade de saúde onde a mulher acabara de dar à luz – ele conheceu o filho, saiu por um instante e não voltou.
“Ele presenciou o nascimento do filho e foi a uma lanchonete depois. Ao retornar para a unidade, acabou atropelado”, contou Dara Ribeiro, irmã do pedreiro.
Devido à gravidade do acidente, Jean Carlos sofreu traumatismo craniano, fraturas na coluna e nas costelas, e lesão no pulmão. Ele ficou 22 dias internado na UTI do Hospital Maicé, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte encefálica declarada no sábado (26).
Um idoso de 72 anos foi apontado como o condutor responsável pelo atropelamento. Segundo a Polícia Militar, ele prestou socorro e responde na justiça em liberdade.
Como na vida o sofrimento de um é a felicidade de outros, os órgãos de Jean Carlos foram doados para salvar cinco pessoas.
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“A gente tinha um irmão adotivo com leucemia. Daí a gente lembrou que o Jean disse que, se pudesse, tiraria um pedaço do corpo dele para colocar no nosso irmão. Isso foi há 13 anos, mas lembramos desse momento quando a equipe perguntou para a gente sobre a doação de órgãos.”
“A gente pensou que poderia ajudar outras vidas. Os órgãos foram retirados e ajudaram cinco pessoas. Agora sabemos que vários lugares do Brasil têm um pedacinho dele”, concluiu Dara.
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