moda sem gênero
Crédito: Freepik

Moda sem gênero: você sabe o que é?

A moda sem gênero chegou para ficar, marcando um período de transformação e evolução na sociedade

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Falar sobre moda sem gênero deixa muita gente revoltada, porque essas pessoas têm dificuldade em aceitar tudo aquilo que é diferente do que elas foram acostumadas desde a infância. Mas, o mundo muda e é importante saber se adaptar para continuar evoluindo. Então, se você está aberto ao novo, chegou a hora de saber mais sobre o que é essa tal de moda sem gênero.

O que é moda sem gênero?

A moda sem gênero é composta por peças de roupa e acessórios que podem ser usados por pessoas de todos os gêneros. As combinações entre as peças é que vão dar o toque personalizado que cada um deseja.

Mas, nem por isso a moda sem gênero é apenas neutra, simples e sem graça. Muito pelo contrário! Cada vez mais as passarelas dos grandes desfiles mundiais estão trazendo a moda democrática para normalizar esse jeito de se vestir e se expressar com liberdade.

Na moda sem gênero existe rosa e azul, flores, rendas, pedrarias e todo tipo de costura e estampa. Mas, não são peças designadas para homem e para mulher. A escolha é livre, de acordo com o gosto, a vontade e a criatividade de cada pessoa.

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Vale lembrar que as roupas sem gênero não são, necessariamente, cheias de cores e extravagâncias. A moda sem gênero também pode ser minimalista e neutra para satisfazer o gosto de quem prefere se vestir assim.

O que difere as peças são as modelagens, já que o corpo masculino é diferente do feminino. Na moda sem gênero, mulheres conseguem encontrar peças masculinas, como blazer, mas com silhueta para não ficar tão largo, por exemplo.

As peças são adaptadas para serem usadas por todos, e esse é o grande desafio dos estilistas e das marcas atualmente. Embora seja um desafio, é positivo e instigante, pois trata-se de uma oportunidade de revolucionar para evoluir, acompanhando as necessidades de um público que só cresce.

Em uma entrevista para Uol Nossa, o estilista João Pimenta falou sobre a neutralidade das peças: “A primeira vez que a gente fez roupas sem gênero, o que fizemos foi tirar detalhes que as levam para um lado ou o outro. A peça minimalista, sem golas e rendas, por exemplo, é mais fácil de ser usada pelo homem e a mulher do que uma roupa cheia de detalhes”.

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É com exemplo que a mente das pessoas se abre

moda sem gênero na novela
Crédito: Globo

Como falamos no início, a moda sem gênero ainda é algo que causa estranhamento e até negação em algumas pessoas.

Mas, ela existe e só o que se pode fazer é compreender e respeitar. Uma das formas de conseguir essa compreensão é normalizando a moda sem gênero e todo o contexto no qual ela está envolvida.

Como muita gente ainda consome programas televisivos, é nesses programas que está uma das oportunidades de normalizar a moda sem gênero. Ou seja, quando as pessoas veem algo novo com frequência, elas se acostumam e logo consideram normal.

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Um bom exemplo é do personagem Visky, de “Verdades Secretas 2”. A figurinista Mariana Sued e consultor de moda Daniel Ueda explicaram, em uma entrevista ao Gshow, que o visual do booker Visky vai além do universo LGBTQIA+.

“Quando a pessoa tem noção de moda, automaticamente consegue criar looks mais irreverentes usando livremente peças de todos os tipos. No caso do personagem Visky, 80% do guarda-roupa dele é formado por peças mais masculinas. Ele tem um figurino muito realista, que traz acessório e itens clássicos do guarda-roupa de mulher para visual sofisticado, fashion e prático”, diz a profissional de moda, destacando que homens já usam acessórios para praticidade do dia a dia.

“Hoje estamos falando muito da moda no gender, totalmente sem gênero. É algo que está acontecendo de verdade: uma roupa que é tanto para homem quanto para mulher. Vamos falar bastante disso na moda nos próximos anos. É importante olhar para uma peça e não distinguir o que é de homem e o que é de mulher. Estamos fazendo peças que podem transitar em todas situações e corpos”, destaca Daniel Ueda, garantindo que a moda é democrática e não aceita mais padrões com caixinhas pré-definidas.

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Veja também: Cortes de cabelo que voltaram à moda

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