Você certamente conhece muitos dos mitos e lendas brasileiras e até do mundo. Mas será que vai reconhecer todos os que estão listados aqui?
Primeiro de tudo, é importante entender a diferença entre essas duas narrativas. Ambas tinham o intuito de explicar acontecimentos ainda não compreendidos ou ensinar lições importantes para a época. Porém, os mitos tratam principalmente de heróis e deuses, enquanto as lendas estão mais para uma narrativa popular. Veja algumas delas e aproveite para matar a saudade dos personagens mais queridos — ou assustadores — da nossa e outras culturas.
Guaraná
Um pequeno índio era realmente exemplar para sua tribo e acabou despertando a inveja do deus da escuridão. Então ele se transformou em serpente e matou o menino, sem piedade. Foi então que Tupã mandou que o cacique plantasse os olhos do corpo, nascendo dali uma planta que acabaria com a fome e daria energia para a tribo: o guaraná.
Mandioca
Mani nasceu de uma gestação inexplicável, sendo ela a filha do cacique da tribo. Um dia, sem aviso, ela morreu, deixando todos muito tristes. Sua mãe ia até sua cova todos os dias e chorava sem parar, molhando onde Mani estava enterrada. Um dia, a terra começou a abrir e quando a mãe colocou a mão, não encontrou mais o corpo da filha, e sim uma raiz, que se multiplicou e proveu alimento para todos.
Açaí
Não havia mais comida para a tribo e muitas bocas para alimentar. O cacique tomou então a difícil decisão de mandar matar parte das crianças, o que incluiu sua neta. Inconsolável, a mãe já não era reconhecível, tamanho o sofrimento. Isso tocou o coração de Tupã, que devolveu a menina abraçada a uma árvore que dava um fruto nutritivo e que mataria a fome de todos: o açaí.
Erva-Mate
Um índio bem idoso não tinha muitas condições de ir à guerra, mas fazia questão de receber todos os viajantes com todas as honrarias e cuidados. Tupã decidiu visitar o velhinho, disfarçado de andarilho, e foi tratado tão bem quanto qualquer guerreiro. Ao ir embora, ele deixou em suas terras uma planta que lhe devolveu toda energia e vitalidade, a erva-mate.
Galinha-d’angola
Essa lenda vem da África e conta que havia uma ave majestosa, adorada por todos. Todas as outras que lhe prestassem obediência seriam transformadas em outras belas espécies. Porém, a galinha-d’angola se recusou, deixando a ave muito aborrecida. Assim, ela deu a forma atual da galinha — que era para ser considerada feia, mas é na realidade muito bonita.
Diamante
A índia Potira vivia feliz com seu companheiro Itagibá, um grande guerreiro da tribo. Um dia, ele seguiu o rio para guerrear e nunca mais voltou, fazendo com que ela fosse ao seu leito todos os dias para chorar sua perda. Tupã ficou tocado com a tristeza de Potira e fez com que cada lágrima se transformasse em lindos diamantes, para tornar seus dias mais bonitos.
Mãe do ouro
Um escravo estava na beira do rio, chorando copiosamente, pois não tinha encontrado ouro e seria açoitado pelo seu patrão. Compadecida, a mãe do ouro mostrou onde ele poderia encontrar o metal, desde que não contasse a ninguém. Mas ele foi açoitado ainda assim, para contar onde tinha achado tanto ouro. Ao chegar no local, com outros escravos, a mãe do ouro fez com que todos fossem soterrados.
Curupira
Ele é o guardião das florestas e prega muitas peças em pessoas que tentam fazer mal às plantas e animais que moram ali. Ele é a principal explicação para o desaparecimento de madeireiros e caçadores, tendo o corpo verde e os pés virados para trás.
Bicho Papão
Perfeito para assustar as crianças que não querem se comportar e obedecer os pais, o bicho papão já faz parte do imaginário popular. Ele fica sobre as casas, esperando os malcriados, para atacar ou comer as crianças que desobedecem.
Iara
Iara era uma brava guerreira indígena, e seus irmãos a invejava. Foi então que tentaram matá-la, mas ela os eliminou primeiro. Furioso, também seu pai tentou tirar sua vida, jogando-a no rio. Os peixes a salvaram e ela se transformou em sereia, atraindo os homens com seu canto, para enlouquecê-los ou, em outras versões, tirar suas vidas.
Narciso
Esse mito grego é muito conhecido por sua aplicação à vida real. Nele, um jovem muito belo, chamado Narciso, rejeitou o amor de uma Ninfa da floresta, que jogou um feitiço sobre ele. Ele se debruçou sobre o rio e se apaixonou pela própria imagem, se admirando até morrer. É de onde vem a palavra narcisismo, que trata de pessoas extremamente autocentradas.
Aquiles
Já ouviu falar em calcanhar de Aquiles? Ele é considerado o ponto fraco de uma pessoa, sendo fundamentado em um mito grego. A mãe de Aquiles o mergulhou — ainda bebê — no rio Estige, repleto de dor e sofrimento, que passa no submundo de Hades. Isso o tornou tão forte que ele era quase imortal, a não ser pelo seu calcanhar, local onde a mãe segurava quando o banhou. E foi exatamente como ele foi morto, com uma flecha no calcanhar.
Fênix
A fênix é uma ave mitológica muito poderosa. Quando é machucada ou envelhece, ela queima e de suas cinzas, nasce uma nova e ainda mais forte. Suas lágrimas têm poder curativo e só pode existir uma de cada vez.
Selene
Selene é uma titã, sendo considerada a Deusa da Lua. Ela carrega o astro em sua carruagem puxada por dois cavalos brancos alados e lá no alto do céu observa a terra. E foi assim que ela se apaixonou por um humano, indo a seu encontro. Porém ela é uma Deusa imortal e ele findaria seus dias, deixando-a só. Ela pediu então a ajuda de Zeus, que fez com que ele não envelhecesse mais, porém dormiria eternamente, de forma consciente. Selene teve 50 filhos com ele depois disso.
Então, qual foi sua lenda favorita? Conhece mais alguma? Compartilhe nos comentários!