Um fato estranho e assustador está acontecendo na Espanha. Até o momento, 17 crianças foram diagnosticadas com “síndrome de lobisomem” por conta da mistura de remédios. Para ter uma ideia, apenas 50 casos da mesma síndrome foram diagnosticados em toda a história, desde a idade média.
Portanto, esse erro médico recente foi responsável por aproximadamente metade dos casos existentes. Também chamada de hipertricose, é causada por uma mutação genética muito rara que é responsável por gerar um excesso de pelos em todo o corpo, exceto na sola dos pés e na palma das mãos.
Hipertricose causada por mistura de remédios: erro médico
A “síndrome de lobisomem” tem esse nome porque causa uma superprodução de pelos em todo o corpo, lembrando o personagem fictício. Isso pode provocar diversos problemas psicológicos na criança, que é isolada da sociedade, por conta do preconceito. Infelizmente, ela gera sequelas de falta de confiança e baixa autoestima para toda a vida.
Na Espanha, até esse momento, 17 crianças desenvolveram os sintomas da síndrome por conta de mistura de remédios, o que provocou o crescimento exacerbado de pelos em locais, como testa, bochechas, braços, pernas e mãos. Isso deixou as mães em choque, sem saber como reagir, já que desconheciam as causas para isso.
A agência reguladora de saúde espanhola (AEMPS) verificou o problema e descobriu que esse problema derivava de um remédio que tinha sido receitado para tratar refluxo nos bebês. Afinal, esse mesmo remédio continha o princípio ativo errado, já que ao invés de Omeprazol, ele possuía Minoxidil. O Omeprazol serve para enjoo, enquanto o Minoxidil serve exatamente para o crescimento de cabelo.
Os produtos já foram retirados do mercado, para evitar mais casos como esse. A pergunta que fica é: como esse erro aconteceu? O Ministério da Saúde da Espanha afirma que a fórmula tinha sido rotulada de maneira errada, o que gerou a confusão entre um remédio para problemas gástricos com um para crescimento capilar, ambos da mesma empresa.
Uma das mães levou o bebê para a pediatra, que identificou o problema nesse remédio, chegando à conclusão de que ela deveria parar de usá-lo no bebê e guardar esse fármaco para análise posterior das autoridades. A esperança que resta para os pais é que esses sintomas passem com o tempo, já que o consumo de remédio já foi bloqueado e tido como irregular, por conta de erros internos na identificação dele.
Agora, imagine-se no lugar desses pais que ficaram assustados com essas mudanças em seus bebês que não pareciam ter nenhuma causa. Afinal, ninguém suspeitava que eram vários casos relacionados a um erro de medicação, já que foi em diferentes partes do país, como Cantábria, Andaluzia e em Valência.